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Desempregados inscritos há mais de um ano continuam a subir

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego registou o maior recuo em cadeia desde o início da pandemia. Mas o número de desempregados de longa duração continuou a subir.

IEFP
IEFP João Cortesão
21 de Junho de 2021 às 22:30
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O número de desempregados inscritos nos centros de emprego registou em maio a maior quebra desde o início da pandemia, com um recuo de 21,7 mil pessoas, ou de 5%, de abril para maio, ficando em 402 mil pessoas. No entanto, e apesar desta tendência que se verifica há dois meses consecutivos, o número de desempregados inscritos há mais de um ano – os desempregados de longa duração – continuou a subir, superando agora 180 mil pessoas.

Esta evolução pode ser de certa forma esperada na medida em que a pandemia gerou um impacto súbito no mercado de trabalho, especialmente em abril do ano passado, e que as estatísticas tendem agora a refletir o que acontece um ano depois.

No entanto, o aumento dos desempregados registados nos centros de emprego há mais de um ano, que ocorreu tanto em termos homólogos (+31,8%) como em cadeia (+1,3%) está em contraciclo com o aumento dos desempregados inscritos há menos de um ano que, tal como noticiado esta segunda-feira, recuaram nos dois níveis de comparação (-1,7% e -5,1%, respetivamente).

Convém explicar, ainda, que os desempregados de longa duração aderem menos aos centros de emprego porque têm menos incentivos em continuar inscritos, à medida que vão perdendo o direito ao subsídio de desemprego, que tem uma duração limitada.

Dada a volatilidade que tem marcado o mercado de trabalho, a evolução deste indicador pode depender do ritmo de recuperação dos próximos meses, tipicamente da criação de emprego, embora mais precário e em setores especialmente afetados pelos constrangimentos da pandemia.

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