Desemprego na OCDE em níveis pré-crise

A taxa de desemprego da OCDE caiu para 5,6% em Outubro deste ano, o valor mais baixo desde Abril de 2008. Em Portugal, a taxa está em 8,5%, também um mínimo de nove anos.
Bruno Simão/Negócios
Nuno Aguiar 12 de Dezembro de 2017 às 11:15

Os dados publicados esta manhã pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) confirmam a retoma das grandes economias mundiais, com um mercado de trabalho mais robusto. As descidas do desemprego são transversais e colocam-no em níveis pré-crise financeira de 2008.

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"A taxa de desemprego da OCDE caiu 0,1 pontos em Outubro de 2017, para 5,6%, regressando ao seu valor pré-crise de Abril de 2008", escrevem os técnicos da OCDE, alertando porém para o facto de o número total de desempregados nos países mais industrializados do mundo – 35,1 milhões de pessoas – ainda estar 2,5 milhões acima do nível observado nessa altura.

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Para Portugal não há novidades em relação aos dados já conhecidos. O desemprego estava em 8,5% em Outubro que, tal como na OCDE, representa um mínimo de mais de nove anos. Existem 437 mil portugueses sem trabalho.

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Portugal acompanha a tendência de desagravamento da Zona Euro, onde os países com as maiores descidas em Outubro foram a Bélgica, a Letónia, o Luxemburgo e a Holanda, todos com menos 0,2 pontos percentuais. Em França o desemprego também caiu, mas de forma mais ligeira. Tal como em Portugal, na Alemanha, Itália e Espanha houve uma estabilização. 

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Os países da OCDE no resto do mundo apresentam a mesma trajectória de desagravamento, com o desemprego a recuar nos EUA, Coreia do Sul, Japão e México. No Canadá, há uma subida em Outubro, mas que já terá sido mais do que corrigida em Novembro.

 

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No entanto, para um segmento da população, as melhorias não significam uma situação propriamente confortável. A taxa de desemprego jovem na Zona Euro, continua acima de 18%, com três países a apresentarem valores especialmente elevados: Grécia (40,2%), Espanha (38,2%) e Itália (34,7%).

 

Apesar de Portugal ter um desemprego jovem mais baixo (25,6%), a trajectória deste indicador tem sido de ligeiro agravamento, contrastando com a tendência de alívio na Zona Euro.

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