Primeiro-ministro britânico debaixo de fogo por cortar apoios a idosos
O Partido Trabalhista reuniu-se em congresso e, apesar de ter regressado ao governo do Reino Unido após 14 anos de ausência, os cortes orçamentais previstos pelo governo de Keir Starmer acabaram por ser o centro da discussão, com o primeiro-ministro britânico a ser alvo de duras críticas.
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O primeiro-ministro britânico esteve sob pressão no domingo devido à sua decisão de limitar os pagamentos de combustível de inverno aos idosos, isto quando Starmer e a sua equipa ministerial esperavam que a conferência anual do partido fosse uma celebração do regresso ao poder e uma oportunidade para apresentar a forma como o governo irá resolver os problemas do Reino Unido.
Em vez disso, Starmer e os seus ministros tiveram de defender novamente a decisão de cortar os pagamentos de combustível a milhões de pensionistas e a razão pela qual o primeiro-ministro e outros aceitaram dinheiro de um doador para comprar roupa e organizar festas.
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Esteo domingo, no início do congresso na cidade de Liverpool, a diretora de um dos maiores sindicatos britânicos apelou a Starmer para que anulasse a sua decisão de limitar os pagamentos de combustível, descrevendo-a como uma medida "cruel".
Sharon Graham, secretária-geral do Unite, que conta com mais de um milhão de membros na Grã-Bretanha e na Irlanda, disse à Sky News que queria que Starmer dissesse que a medida foi um passo em falso.
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"É uma política cruel, ele tem de a reverter", disse Graham. "Também gostaria que ele dissesse que não vamos levar este país para a marca da austeridade versão dois. As pessoas votaram pela mudança e precisam de ver essa mudança", argumentou.
Starmer diz que foi forçado a tomar decisões difíceis depois de o anterior governo conservador ter deixado um buraco de 22 mil milhões de libras nas finanças públicas do país - uma acusação que os conservadores negam.
Perante as críticas, alguns governantes da equipa de Starmer acabaram por justificar a opção do governo britânico. Bridget Phillipson, ministra da Educação, foi uma dessas vozes, frisando que Graham tinha "direito à sua opinião", mas que o governo foi forçado a adotar as medidas devido à sua herança orçamental.
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"Não me agrada nada... Não era uma decisão que esperássemos tomar, não era certamente uma decisão que quiséssemos tomar", asseverou este dominfo.
O Governo britânico argumenta que a medida permitirá poupar cerca de 1,3 mil milhões de libras em 2024 e 25 e 1,5 mil milhões nos anos seguintes, montantes necessários para estimular o crescimento económico.
O Executivo de Starmer Mas tem vindo a sugerir que o seu orçamento, no final de outubro, será "doloroso" e a alertar para os tempos difíceis que se avizinham.
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