O Governo liderado pelo primeiro-ministro francês Sébastien Lecornu sobreviveu às duas moções de censura marcadas para esta quinta-feira na assembleia francesa.

A primeira moção, proposta pelo grupo parlamentar França Insubmissa, precisava de 289 votos favoráveis, mas obteve 271. Já a segunda moção de censura, que foi votada há momentos, foi proposta pela União Nacional, partido liderado por Marine Le Pen. A segunda votação apenas teve 144 votos favoráveis, muito longe dos 289 necessários, segundo detalha o diário France 24.

De recordar que o primeiro-ministro francês, reconduzido novamente no cargo depois de ter apresentado a demissão, suspendeu a reforma do sistema de pensões em França como uma forma de trazer estabilidade política ao país e conseguir fazer aprovar o Orçamento do Estado para o próximo ano.

"O bloco central desapareceu. A moção de censura foi rejeitada por 18 votos de diferença... Macron escapou por pouco", escreveu Jean-Luc Mélenchon, na rede social X, depois de a moção de censura proposta pelo seu partido ter sido rejeitada na Assembleia Nacional francesa.

Le bloc central a disparu. À 18 voix près, la censure était adoptée... Macron est sauvé de peu. pic.twitter.com/cK0AkgCUV5

— Jean-Luc Mélenchon (@JLMelenchon) October 16, 2025

Após sobreviver às duas moções de censura, Sébastien Lecornu tem agora pela frente a missão de encontrar um entendimento com os grupos parlamentares no sentido de fazer conseguir aprovar um orçamento até ao final do ano.

O líder do Governo francês já deixou claro noutras ocasiões que não tenciona tirar partido de um artigo na constituição francesa que permite forçar a aprovação de um orçamento sem a votação parlamentar.

(Notícia atualizada com mais informação)