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Tajani coloca-se ao lado de Costa na defesa de novos impostos europeus

O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, disse hoje, em Estrasburgo, que partilha as posições do primeiro-ministro português, António Costa, sobre a necessidade de novos impostos europeus como forma de aumentar os recursos próprios da União Europeia.

Antonio Tajani, António Costa
Antonio Tajani, António Costa Reuters
14 de Março de 2018 às 12:26

"Ouvimos a posição portuguesa sobre assuntos muito interessantes, gostei muito do que disse o primeiro-ministro relativamente aos recursos próprios para o quadro financeiro plurianual. Esse é um ponto muito importante para o Parlamento Europeu: nós sublinhamos a importância de ter um imposto digital, a importância de ter uma taxação sobre a especulação financeira, e também uma taxação contra alterações climáticas sobre produtos poluentes", disse Tajani, numa conferência de imprensa conjunta com Costa.

Depois de um debate sobre o futuro da Europa no hemiciclo de Estrasburgo com o primeiro-ministro português, que ficou marcado por críticas de eurodeputados do PSD e CDS-PP às posições de António Costa sobre os recursos próprios, Tajani - que também pertence ao Partido Popular Europeu (PPE), tal como as delegações social-democrata e democrata-cristã - reforçou que os novos impostos fazem todo o sentido.

"Por que não pedir dinheiro aos gigantes da Internet? Não pagam impostos, não dão postos de trabalho e levam o dinheiro que ganham para os Estados Unidos ou China. Devem pagar como as empresas europeias", defendeu o presidente da assembleia.

No plenário, Costa reafirmara que Portugal aceita contribuir com mais dinheiro para os cofres europeus, mas apontou que, precisamente para que o necessário reforço do orçamento da UE no pós-'Brexit' não seja feito unicamente através de aumentos das transferências dos Estados-membros "à custa dos impostos dos seus nacionais", é necessário aumentar igualmente os recursos próprios através de impostos sobre o conjunto da economia europeia.

O primeiro-ministro defendeu que novos impostos europeus só serão eficazes à escala europeia, pois nenhum país vai conseguir taxar com efectividade as multinacionais americanas do digital, por exemplo, e disse ainda esperar que haja finalmente a "coragem de aprovar a taxação sobre as transacções financeiras".

António Costa foi o terceiro líder europeu a participar no ciclo de debates promovido pelo Parlamento Europeu sobre o Futuro da UE, iniciado este ano, depois dos primeiros-ministros da Irlanda, Leo Varadkar, em Janeiro, e da Croácia, Andrej Plenkovic, em Fevereiro, e antes do Presidente francês, Emmanuel Macron, o "convidado de honra" da sessão plenária de Abril.

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