Pequim distancia-se de Putin, Orbán aproxima-se
As refinadoras públicas chinesas estão a honrar os contratos petrolíferos já existentes com a Rússia, mas estão a evitar comprometer-se com novos contratos, apesar dos fortes descontos, acatando assim o apelo à prudência feito por Pequim numa altura em que crescem as sanções do mundo ocidental contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia, avançou a Reuters citando várias fontes próximas deste processo.
A estatal Sinopec, que é a maior refinadora da Ásia, a CNOOC, a PetroChina e a Sinochem têm-se mantido à margem no que toca a negociar novos carregamentos de petróleo russo para entrega em maio, referiram as mesmas fontes sob anonimato.
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As empresas estatais da China não querem ser vistas como apoiando abertamente Moscovo, o que acontecerá se comprarem mais volumes de petróleo, segundo duas dessas fontes. Isto depois de Washington ter banido a importação de crude russo no mês passado e de a União Europeia ter imposto sanções às grandes exportadoras russas Rosneft e Gazprom Neft.
“As estatais chinesas estão a mostrar-se cautelosas, porque as suas ações podem ser vistas como uma representação do governo chinês e nenhuma delas quer ser apontada como compradora de petróleo russo”, sublinhou uma das fontes à Reuters.
Pequim e Moscovo desenvolveram laços cada vez mais estreitos nos últimos anos, tendo anunciado em fevereiro passado uma parceria “sem limitações” – e a China recusou-se a condenar a ação militar da Rússia na Ucrânia ou a chamar-lhe sequer “invasão”.
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A China, que é a maior importadora mundial de petróleo, é a principal compradora de crude russo – adquire 1,6 milhões de barris por dia e metade desse volume é obtido através de contratos firmados entre ambos os governos.
Hungria aceita pagar gás russo em rublos
Se Pequim se está a distanciar do Kremlin - a China, tal como a Índia, pronunciaram-se sobre o massacre de Bucha, com Pequim a defender uma investigação e Nova Deli a condenar a morte de civis -, Putin viu um dos seus “amigos” dar um sinal de apoio.
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Viktor Orbán, reeleito domingo para um quarto mandato como primeiro-ministro húngaro, indicou que, contrariando a até agora posição comum da UE, Budapeste aceitará pagar em rublos o gás russo caso lhe seja pedido por Moscovo.
Washington e Londres com novas sanções a Moscovo
Os Estados Unidos da América e o Reino Unido anunciaram novas sanções contra a Rússia na sequência do massacre de Bucha.
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As novas medidas punitivas, que deverão ser acompanhadas pelos restantes países do G7, incluem sanções a duas filhas de Putin e à mulher e filha de Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, bem como a Dmitry Medvedev, antigo presidente e primeiro-ministro russo.
São também visados o Sberbank, maior banco russo, e o Alfa Bank, o maior banco privado da Rússia, bem como outras empresas estatais russas.
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