O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta quinta-feira que o alegado "plano de acordo de paz" apresentado por Washington é "um conjunto de temas" que estão a "ser discutidos". Putin, que falava em Bisqueque, capital do Quirguistão, admitiu que os 28 pontos apresentados pela Administração Trump "poderão ser a base para acordos de paz".

O chefe de Estado russo assegurou que se esses acordos não se materializarem a Rússia "continuará a lutar".

Em declarações à imprensa, Putin reiterou que até ao momento as discussões envolvendo Moscovo não são sobre um esboço de acordo de qualquer espécie mas sim sobre um conjunto de questões.

Em Genebra [no passado fim de semana] os EUA e a Ucrânia decidiram dividir os 28 pontos em quatro componentes separados e que uma cópia foi enviada a Moscovo, disse.

"Em geral, concoradmos que isto pode ser a base para acordos futuros. Vemos que o lado americano leva em conta a nossa posição", defendeu. 

"As tropas ucranianas devem retirar-se dos territórios onde estão e então os combates cessarão. Se não saírem, então alcançaremos isso através das armas. É isso", rematou.

O Presidente russo disse ainda que considera a liderança ucraniana ilegítima, o que torna "legalmente impossível" assinar qualquer acordo com Kiev. Assim, disse, é necessário garantir que qualquer acordo seja reconhecido pela comunidade internacional e que a comunidade internacional reconheça os territórios conquistados pela Rússia na Ucrânia.