Bruxelas retira quatro nomes da lista de sanções após pressão de Órban
Depois de a Hungria ter ameaçado bloquear uma renovação das sanções impostas pela União Europeia (UE) a mais de 2 mil indivíduos - considerados como tendo um papel de apoio ou facilitação na invasão russa da Ucrânia -, o bloco retirou quatro cidadãos russos desta lista.
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A pedido do país liderado por Viktor Órban (na foto), - a voz mais próxima de Moscovo dentro da UE - Bruxelas retirou da lista de sanções Gulbahor Ismailova, irmã do multimilionário uzbeque-russo Alisher Usmanov, Viatcheslav Moshe Kantor, oligarca russo, e Mikhail Degtyaryov, ministro dos Desportos da Rússia, disseram fontes próximas do assunto ao Financial Times.
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Vladimir Rashevsky também será retirado da lista, devido a um caso jurídico fraco para manutenção das sanções sobre o empresário russo.
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As sanções europeias – que iriam expirar este sábado, dia 15 de março - contra cerca de 2.400 funcionários, políticos e empresários russos e bielorrussos que apoiaram ou facilitaram a guerra na Ucrânia têm de ser renovadas de seis em seis meses. Renovação essa que está sujeita à aprovação por unanimidade dos 27 Estados-membros.
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O principal pedido de Budapeste para que o oligarca Mikhail Fridman e o seu parceiro de negócios de longa data Petr Aven fossem retirados da lista de sanções não foi, no entanto, aceite.
A Hungria tem sido, nos últimos anos, uma voz dissidente no seio das decisões de Bruxelas em relação à invasão russa da Ucrânia. Ainda na semana passada, impediu a adoção de conclusões conjuntas sobre a Ucrânia no final de uma cimeira especial da UE.
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A posição de Budapeste levou António Costa, presidente do Conselho Europeu, a referir na semana passada que "a Hungria tem uma abordagem estratégica diferente em relação à Ucrânia". O antigo primeiro-ministro português acrescentou que "isso significa que a Hungria está isolada entre os 27. Respeitamos a posição da Hungria, mas é uma entre os 27. E 26 são mais do que um".
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