May reúne-se com Merkel e Macron com mais um adiamento do Brexit na agenda

A líder do Reino Unido vai encontrar-se com a chanceler alemã e o presidente francês a dias da data limite para a saída do país da União Europeia. Theresa May quer convencer os parceiros europeus em ter mais uns meses para concretizar o Brexit. Na Europa querem que May adie a saída por mais tempo.
Theresa May
Sara Antunes 08 de Abril de 2019 às 14:59

O Parlamento do Reino Unido ainda não aprovou o acordo de saída do país da União Europeia. E Bruxelas foi perentória: sem a aprovação do acordo a data de saída é 12 de abril. Contudo, os quatro dias que restam para cumprir este calendário ditam um Brexit sem acordo, algo que as duas partes querem evitar.

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Theresa May quer então convencer os seus parceiros europeus a darem mais tempo para que consiga aprovar um acordo de saída no seu Parlamento e evitar um Brexit desordeiro. Do outro lado, os líderes europeus querem que Londres adie por mais tempo o Brexit, com o objetivo de se chegar a um acordo ao mesmo tempo que não se criam problemas legais relacionados com as eleições europeias, agendadas para 26 de maio.

 

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É com esta agenda que Theresa May se vai reunir com Angela Merkel e com Emmanuel Macron. Os encontros estão agendados para esta terça-feira, 9 de abril, a um dia de se realizar a cimeira europeia que tem o Brexit como tema.

 

A imprensa internacional realça que Theresa May só conseguirá um adiamento curto do Brexit se na cimeira europeia de quarta-feira apresentar um plano concreto para executar a saída da UE.

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De recordar que May tinha pedido inicialmente um adiamento até 30 de junho, data que os parceiros europeus recusaram devido às eleições europeias.  

A primeira-ministra britânica tem defendido o adiamento curto do Brexit porque o Reino Unido precisa de se centrar nas questões nacionais e pôr um ponto final nesta discussão. Contudo, a ausência de acordo interno parece afastar este cenário. E aumenta a probabilidade de outros dois cenários: saída sem acordo ou permanência por mais um ano.

 

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Theresa May está sob pressão em todas as frentes. Dentro do partido enfrenta uma moção de confiança, apresentada pela fação pró-Brexit do Partido Conservador. Mark Francois, líder desta fação, diz que May "devia demitir-se de primeira-ministra", segundo uma carta enviada ao presidente do grupo parlamentar do Partido Conservador, citada pela Sky. "Não podemos continuar assim, com uma líder fraca, um governo devastado e um partido desesperado. Acredito que Theresa May falhou como líder do nosso partido, que agora ameaça destruir", acrescenta na carta onde justifica a moção de censura, de acordo com a Reuters.

 

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