UE adopta “acção conjunta” para resolver crise no Mediterrâneo
A União Europeia (UE) garante que não deixará a crise no Mediterrâneo para ser resolvida de forma individual pelos Estados. Como tal, irá adoptar uma "acção conjunta" tendo por base um plano de dez pontos.
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"Temos de actuar rapidamente e de forma una", começou por declarar Federica Mogherini (na foto), Alta Representante para a Política Externa e de Segurança da união.
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É este o resultado mais imediato da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e do Interior da UE que teve lugar esta segunda-feira em Bruxelas. Já o Conselho Europeu pedido com carácter de urgência pelo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, foi entretanto agendado para quinta-feira, 23 de Abril.
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Mogherini anunciou que Bruxelas irá reforçar os programas de patrulhamento Triton e Poseidon, ao nível financeiro e dos meios técnicos. O mesmo relativamente à Frontex, a agência europeia responsável pelo controlo das fronteiras exteriores.
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Será ainda reforçada a luta contra o tráfico de seres humanos, através de medidas como a destruição de meios com embarcações utilizadas pelos traficantes ou mediante o reforço da "intelligence" utilizada na investigação ao modus operandi dos traficantes.
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Outra das decisões, paralela ao plano de dez pontos anunciados, e apesar de ainda ter um carácter informal, passa pela adopção de medidas tendentes à promoção e formação de um governo de unidade nacional na Líbia. "Porque sabemos perfeitamente que o fluxo de migração passa essencialmente" pela Líbia, explicou a italiana Mogherini.
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Matteo Renzi reiterou este domingo o pedido aos restantes parceiros europeus para que não deixem a resolução da crise no Mediterrâneo apenas a cargo de Itália. Este pedido surgiu na sequência da tragédia que na madrugada de domingo provocou a morte a cerca de 700 a 900 migrantes que pretendiam atravessar o Mar Mediterrâneo com o objectivo de chegar a solo europeu.
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