Entrou no Negócios em 1999, poucos meses depois de ter concluído a licenciatura em Gestão no ISEG. Desde os tempos em que o site tinha a designação de Canal de Negócios, esteve sempre ligado ao online. Actualmente é editor executivo online.
Os hábitos adquiridos no período de confinamento e a facilidade com que hoje é possível negociar ao minuto nos mercados de ações (evidente na popularidade da aplicação Robinhood) terão contribuído para o aumento do “day trading”, sobretudo entre os mais jovens. Mas é sobretudo a política monetária que explica a atratividade dos mercados de ações para o investidor comum.
Os mesmos investidores que agora aceitam pagar para emprestar dinheiro a Portugal são os mesmos que há apenas três meses exigiam um juro próximo de 1% para comprar obrigações com maturidade de seis anos. Em abril estávamos no pico do stress da pandemia e a resposta da Europa à crise era dúbia e confusa.
A aposta nas renováveis e na distribuição, bem como a redução da presença em Portugal, é um dos pilares do plano estratégico da EDP e a aquisição da Viesgo dá-lhe tudo isto. No final de 2019 a empresa encaixou 2,2 mil milhões de euros com a venda de barragens em Portugal e poucos meses depois aplica quase o mesmo montante para duplicar a sua presença no mercado espanhol.
Se em março a correção nas bolsas foi quase generalizada, a recuperação posterior já foi bem diferenciada, com as empresas do setor tecnológico na linha da frente dos ganhos. Há já alguns anos que as tecnológicas são as estrelas das bolsas, sobretudo em Wall Street, mas nunca como agora a liderança foi tão grande.
A Alemanha tem de longe o plano de estímulos mais robusto da Europa. Não porque quer, mas porque pode.
O "efeito Trump" nas bolsas começou mesmo antes das eleições de novembro de 2016.
As injeções de liquidez massivas e as taxas de juro em mínimos históricos empurraram os investidores para ativos de maior risco, colocando todas as classes de ativos em alta e em grande parte das geografias.
Nos últimos anos Costa teve ventos favoráveis do seu lado e um ministro das Finanças muito competente. Se estas duas variáveis se mantiverem, Costa tem razão para continuar um "irritante optimista".
Nos oito anos de mandato que estão prestes a terminar, Draghi destacou-se sobretudo pela capacidade de surpreender. A menos que avance com medidas não convencionais mais radicais, a margem de manobra de Lagarde para lançar uma bazuca agora é bem mais estreita.
Como disse recentemente um banqueiro que se queixava da atual política monetária, "conseguimos aguentar algum tempo debaixo de água, mas não podemos viver lá para sempre".
Da próxima vez que o seu banco aumentar as comissões, talvez seja mais justo insultar alguém no BCE, em vez de Paulo Macedo, Miguel Maya ou qualquer outro CEO.