Hoje é Dia D, Divorce Day
Nove meses e seis dias depois do referendo que ditou a vitória do “não”, o governo de Theresa May põe hoje o contra-relógio a funcionar. Tem agora dois anos para negociar o divórcio e o pós-Brexit. As negociações, inéditas, serão duras. O futuro de milhões está em jogo.
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Caberá a Lord Tim Barrow, representante permanente do Reino Unido na União Europeia (UE), entregar em Bruxelas a carta de meia dúzia de páginas que formalizará o pedido de saída e dará início às negociações que porão fim a um casamento que, não obstante ter sido sempre atribulado, leva mais de quatro décadas. Pelas 12h30 (uma hora menos em Lisboa), Londres invocará o artigo 50 do Tratado de Lisboa e o relógio começará a marcar um tempo paralelo: no prazo máximo de dois anos, o divórcio tem de estar fechado (até lá, tudo se mantém inalterado), e desejavelmente na Primavera de 2019 estará também acordado um novo quadro para regular as relações entre a terceira maior economia europeia e o resto de um clube que, aos 60 anos, vê partir o seu primeiro país-membro.
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