Cerca de mil milhões de euros de apoios covid têm "V de volta"
Dos mais de 1.500 milhões de euros em ajudas decididas pelo Executivo para amparar o impacto da pandemia nas empresas e famílias, cerca de dois terços têm de ser pagos mais tarde. São mil milhões de euros que correspondem a moratórias e adiamentos, mas cujo pagamento é ainda devido. Os números são da Unidade Técnica de Apoio Orçamental e resultam da análise da execução orçamental do período de janeiro a novembro de 2020, revela esta quarta-feira o Dinheiro Vivo.
Conforme explica o jornal, o Governo só abriu mão da cobrança de 518 milhões de euros, num total de 1.575 milhões de euros de alívio, com impactos do lado da receita. Estas medidas são um alívio temporário para os contribuintes, mas implicam o pagamento mais tarde. Representam cerca de 0,5% do PIB, pelo têm um impacto significativo nas contas públicas.
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Segundo adianta o jornal, a UTAO sublinha que há o risco de mais tarde os contribuintes não terem capacidade para fazer face aos pagamentos, podendo o Estado perder esta receita definitivamente. Até novembro, as medidas de reação à covid-19 já tinham custado 4,2 mil milhões de euros, contabilizando-se os alívios de receita e os aumentos de despesa.
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