Governo garante défice abaixo de 3% sem medidas adicionais

O Governo reiterou esta quinta-feira que o objectivo de Portugal ter um défice abaixo de 3% este ano "será cumprido sem necessidade de medidas adicionais", apesar dos alertas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
passos coelho paulo portas coligação
Paulo Duarte
Lusa 06 de Agosto de 2015 às 20:05

"O Governo reafirma que o objectivo de défice inferior a 3% será cumprido sem necessidade de medidas adicionais. O FMI já reviu em baixa a sua previsão de défice para 2015 de 3,4% (no relatório da primeira missão) para 3,2%, aproximando-se da meta fixada pelo Governo", vincou fonte do executivo à agência Lusa.

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A mesma fonte lembra ainda que o relatório do Fundo hoje divulgado refere-se "sobretudo à informação prestada durante as datas da missão que ocorreu entre 4 e 12 de Junho".

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O FMI apelou hoje ao Governo para ter "cautela" na reversão já prometida das medidas do lado da receita, alertando que pode ser preciso "adiar ou cancelar parcialmente" a eliminação da sobretaxa de IRS.

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"As autoridades devem movimentar-se com cautela na reversão das medidas chave do lado da receita adoptadas nos últimos anos. Receitas mais baixas do que o previsto ou um ajustamento insuficiente da despesa podem exigir o adiamento ou o cancelamento parcial da eliminação gradual da sobretaxa do IRS [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares], das contribuições extraordinárias da energia e do gás natural e dos impostos sobre o imobiliário", alerta o Fundo.

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A este aviso, que consta do relatório do FMI hoje conhecido relativo à segunda missão de monitorização pós-programa, soma-se um outro: "A redução gradual proposta da taxa normal do IRC [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas] também vai precisar de ser cuidadosamente avaliada a cada ano para evitar quedas da receita".

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O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, também já comentou o texto do FMI, dizendo que o mesmo não tem "nada de novo".

"O Governo reafirma claramente que não são necessárias quaisquer medidas adicionais", vincou o ministro, em declarações à Antena 1.

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Poiares Maduro acrescentou ainda que é o FMI "que se tem aproximado das posições do Governo português e não o contrário".

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