UTAO: Défice de 5,5% está incerto mas ao alcance

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental diz que desvio no final do ano, positivo ou negativo, será pequeno.
Rui Peres Jorge 02 de Outubro de 2013 às 17:35

Ao contrário de anos anteriores, o Governo poderá conseguir atingir a meta orçamental acordada com a troika sem o recurso a medidas extraordinárias. O objectivo de défice não está garantido e há factores de risco importantes, mas os desvios face à meta serão pequenos, garante a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que trabalha na dependência da comissão parlamentar que acompanha as questões orçamentais.

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“O défice das administrações públicas até Agosto, relevante para efeitos do cumprimento do PAEF [programa de ajustamento acordado com a troika], situou-se abaixo do limiar estabelecido para o 3.º trimestre. O défice para efeitos do PAEF fixou-se em 4795 milhões de euros, consideravelmente abaixo do limitar estabelecido para o período Janeiro-Setembro”, lê-se na nota da UTAO de análise mensal à execução orçamental, que considera que existe margem para acomodar o défice do mês de Setembro”.

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Já “relativamente ao cumprimento do limite estabelecido para Dezembro de 2013, ainda não é possível garantir que o mesmo venha a suceder”, escrevem os técnicos da unidade que destacam dois factores de risco: “encontram-se por realizar algumas despesas relevantes, nomeadamente ao nível de despesas com pessoal, pensões e juros” lê-se na nota onde se sublinha ainda que “o ritmo de crescimento da receita fiscal e contributiva encontra-se em abrandamento desde Junho”.

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De qualquer forma, “um eventual desvio (positivo ou negativo) ao limite do PAEF para Dezembro de 2013, à luz da informação actualmente disponível, não se antevê muito significativo”, analisam.

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