Esquerda assinala vitórias no Orçamento mas só Verdes garantem voto a favor

No rescaldo da entrega do Orçamento de Estado pela mão de Centeno, os parceiros de Esquerda manifestam-se satisfeitos na generalidade. Contudo, só o partido Os Verdes confirma a aprovação do documento.
Ana Batalha Oliveira 16 de Outubro de 2018 às 12:50

PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes já se pronunciaram sobre o Orçamento do Estado submetido esta segunda-feira por Centeno. Apesar de apenas os Verdes assumirem sem reservas que votarão a favor do documento, os restantes partidos à Esquerda registam sobretudo a satisfação pela integração de várias medidas pelas quais se debateram.

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"Apesar das insuficiências que nunca deixaremos de assinalar este orçamento contem um conjunto de medidas sentido positivo nas quais o contributo do para o qual o PCP teve grande importância", declarou António Filipe, em nome dos comunistas.

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Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, dá conta de uma "negociação de alta intensidade" que resultou num Orçamento "que vai ao fundo daquilo que é importante para as pessoas", nomeando as medidas ao nível dos transportes, educação e valor das pensões.

O Orçamento reflecte tudo o que o BE propôs? "Não", esclarece a deputada. Matérias como as "rendas da energia" ou a garantia de recuperação de rendimentos para os funcionários públicos ou mesmo o nível de investimento público, deixam a desejar da perspectiva dos esquerdistas. Contudo, Mortágua considera "apenas natural" que "quem batalhou tanto" para que certas medidas fossem incluídas no Orçamento queira "continuar essa luta na especialidade", sinalizando a provação do documento na generalidade.

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Os Verdes, que assumiram o voto a favor pela voz de Heloísa Apolónia (na foto), sublinharam a relevância que deram ao aumento do investimento público, garantindo que "o PS sozinho traria muito menos investimento" e acusando o Governo de uma "grande obsessão" em relação ao défice.

  

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Debate sobre salários da função pública segue para os sindicatos

O PCP considera "obrigatório" que existam aumentos dos salários da função pública, contudo, redirecciona a discussão para os sindicatos, ressalvando que "tem havido uma fixação mediática" na fasquia dos 50 milhões, o que para os comunistas é nesta altura uma "visão redutora" e não consideram essencial que se fixe este valor. "O aumento concreto da função publica terá de resultar de negociação de governo com os sindicatos", diz António Filipe.

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Já o Bloco de Esquerda considera "importante que esses salários possam subir", reclamando um aumento nominal e uma actualização que compense a inflação, incluindo este assunto na lista de prioridades do partido.

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