UGT defende salário mínimo de 950 euros no próximo ano
Com a negociação da lei laboral ainda em aberto, a UGT defende um aumento do salário mínimo para 950 euros no próximo ano, 30 euros acima do que está previsto no acordo tripartido assinado no ano passado.
O valor consta da resolução do secretariado nacional da UGT, que reuniu esta quinta-feira, e é acompanhada de uma proposta de valorização dos referenciais para os outros salários de 5% (em vez dos 4,6% previstos no acordo), com o documento a defender que “estas matérias sejam alvo de urgente discussão em sede de concertação social”.
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O salário mínimo está atualmente nos 870 euros brutos por mês, e o acordo assinado no ano passado prevê um aumento de 50 euros para 920 euros em janeiro de 2026 (5,7%). A proposta da UGT implicaria uma subida de 9,2%, acima dos últimos anos para chegar aos 1.200 euros (e não aos 1.100 previstos pelo Governo) no final da legislatura.
"Hoje as circunstâncias são, de facto, ligeiramente diferentes daquelas que perspetivávamos há um ano", justifica o documento. "Tínhamos uma inflação que estava a abrandar e que agora dá sinais de aceleração, os problemas com a habitação agudizaram-se e as taxas de juro que em virtude de tensões geopolíticas e instabilidades do ponto de vista internacional causam, neste momento, dificuldades acrescidas aos trabalhadores que diminuem o seu rendimento disponível.
Esta semana, à saída de uma reunião de concertação social, a ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, foi confrontada com as declarações do secretário-geral da UGT, Mário Mourão, que pedia um reforço das metas, ainda sem valores.
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“Estando o acordo em vigor, não há qualquer obrigação de haver revisão” do valor de 920 euros em 2026, mais 50 euros do que este ano, disse Rosário Palma Ramalho.
“Agora, evidentemente, o Governo discute todas as matérias com os parceiros em todas as sessões da concertação social. Portanto, não abre neste momento nem fecha a porta a voltar a tratar essa matéria”, acrescentou.
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