O dia em que os bairros ilegais desceram ao Parlamento
O grupo de trabalho da Habitação, que discute a nova lei de bases, recebeu em audição pública representantes de bairros sociais, de AUGI, de bairros precários, e ouviu críticas, dúvidas, pedidos e desabafos.
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"A habitação é a base da base, sem ela não há uma boa educação, sem educação não há uma boa saúde e sem ambas não há uma quebra de ciclo". Bruno Oliveira, 36 anos, ativista cigano morador no Bairro das Murtas, em Lisboa, foi uma das vozes que esta sexta-feira se fez ouvir no Parlamento numa audição no âmbito do processo legislativo da Lei de Bases da Habitação. Bruno, que também já viveu no Bairro do Zambujal, falou da sua experiência nestas comunidades, perguntou aos deputados se sabiam o que era feito do dinheiro que veio de Bruxelas para a comunidade cigana e que, diz, nunca chegou ao seu destino, e falou das paredes estragadas e dos azulejos e portas partidos dos prédios da sua rua.
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