Fectrans pede à Autoridade Tributária que fiscalize transporte de mercadorias
"Tendo em conta que houve uma alteração do conceito de retribuição com a entrada em vigor do novo acordo coletivo, há cerca de um ano, e que este sempre foi um setor muito desregulado, alertámos para a necessidade de maior fiscalização das empresas de transportes de mercadorias para evitar que não declarem parte das remunerações dos seus trabalhadores", disse à agência Lusa a dirigente da Fectrans Anabela Carvalheira.
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Segundo a sindicalista, os responsáveis da AT manifestaram sensibilidade para a situação, mas alegaram dificuldades inerentes à falta de recursos humanos, dada a existência de milhares de empresas no setor.
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A Fectrans já tinha solicitado há alguns meses reuniões à AT e ao Ministério do Trabalho para pedir a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e das inspeções da Segurança Social e da AT, de modo a garantir o cumprimento do novo acordo coletivo, evitando prejuízos para os trabalhadores e para o Estado.
Na sexta-feira a federação sindical, filiada na CGTP, reúne-se com o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, a quem vai fazer o mesmo alerta, mas relativo às contribuições para a segurança social.
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A par da greve dos motoristas de matérias perigosas, têm sido feitas várias denúncias contra empresas do setor que alegadamente não declaram todos os rendimentos dos seus trabalhadores, prejudicando-os em termos contributivos.
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Os motoristas de pesados há muito que se queixam desta situação, que os penaliza quando têm uma baixa por doença, desemprego ou reforma.
A Procuradoria-Geral da República já confirmou que está em curso um inquérito, para averiguar os casos denunciados, uma investigação que está em segredo de justiça.
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O acordo coletivo assinado no ano passado entre a Fectrans e a associação das empresas de transportes Antram, que está em vigor, regulamenta a maioria das matérias pecuniárias dos motoristas e restantes condições de trabalho.
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Entretanto, em 14 de agosto, a Fectrans e a Antram estabeleceram um memorando de entendimento que garante aumentos mínimos de 122 euros, a partir de janeiro de 2020.
A Fectrans e a Antram continuam as negociações de revisão do acordo coletivo em 09 de setembro.
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