Panamá, um "offshore" com um longo cadastro
Chamam-lhes paraísos fiscais, mas o seu principal atractivo nem passa pela baixa tributação: nestes territórios o segredo é que é a alma do negócio. O Panamá é historicamente um dos territórios que menos informação troca com o exterior.
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Há cerca de um ano, quando estalou o Swissleaks, um alto quadro do HSBC, apanhado na rede de ocultação, justificou a sua conta clandestina com o facto de não querer que os seus colegas soubessem do seu salário estratosférico. Agora, no Panamá Leaks, há histórias de magnatas que simplesmente quiseram esconder o património das futuras ex-mulheres. Outras ainda, menos caricaturais, que ligam as sociedades-veículo ao terrorismo, tráfico de drogas e de armas. Seja nas Bahamas, nas Caimão, na Suíça ou nas Ilhas Virgens, e ao contrário do que o nome indica, o principal activo de um paraíso fiscal não é o baixo nível de tributação; são os seus fracos regimes regulatórios, aliados a um segredo férreo, que permitem que os titulares dos rendimentos se possam esconder.
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