Secretária-geral do Ministério do Ambiente demitiu-se após buscas relacionadas com os vistos "gold"
A secretária-geral do ministério do Ambiente demitiu-se. De acordo com o comunicado enviado às redacções pelo ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Albertina Gonçalves, a secretária-geral do ministério, apresentou a demissão "que foi prontamente aceite pelo ministro Jorge Moreira da Silva"(na foto). Para ocupar o cargo foi nomeada Alexandra Carvalho, em regime de substituição.
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Albertina Gonçalves é também sócia de Miguel Macedo num escritório de advogados. Segundo a TVI 24, o gabinete da agora ex-secretária-geral do ministério do Ambiente foi, esta quinta-feira, alvo de buscas no âmbito de um processo de corrupção relacionado com os visto "gold" - que são uma autorização de Residência para a Actividade de Investimento. Os vistos são uma espécie de porta de entrada não só em Portugal como no espaço comunitário. Aplica-se a investidores não integrados na União Europeia: chineses, angolanos e brasileiros são alguns dos exemplos.
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Esta quinta-feira, 13 de Novembro, foi revelado que altos funcionários do Estado encontravam-se entre os onze detidos por suspeitas de corrupção com vistos "gold". O director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, foi esta manhã detido pela Polícia Judiciária (PJ) no âmbito de um processo de corrupção relacionado com os chamados "vistos dourados". Segundo o Correio da Manhã, que avançou a notícia, foi igualmente detido o presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo. Detida foi também Maria Antónia Anes que é, desde Novembro de 2011, secretária-geral do Ministério da Justiça. Através dos "vistos dourados" são concedidas autorizações de residência a estrangeiros vindos de países exteriores a União Europeia que façam investimentos superiores a 500 mil euros durante, pelo menos, cinco anos.
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O Expresso escrevia também esta quinta-feira que Albertina Gonçalves foi ouvida pela Polícia Judiciária por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais. Já esta sexta-feira, a mesma publicação escreve que Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, e na sequência deste caso, admitiu sair do Governo mas o primeiro-ministro não permitiu. Macedo, segundo Expresso, assegurou a Passos Coelho que não tem ligações a este processo.
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