Serviços Prisionais seguem tribunal e rejeitam pedidos de entrevista a Sócrates
Os Serviços Prisionais decidiram seguir a decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal e rejeitar os pedidos de entrevista de órgãos de comunicação social ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora.
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De acordo com a resposta dos Serviços Prisionais, a que a Lusa teve acesso, a direcção-geral solicitou parecer ao tribunal à ordem do qual Sócrates cumpre prisão preventiva e a decisão foi no sentido de rejeitar tal pedido de entrevista.
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Na resposta, o tribunal diz que se opõe a "que se conceda autorização para a realização das entrevistas solicitadas (...) ao arguido José Pinto de Sousa", sem que na resposta dos serviços prisionais se perceba a justificação.
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"Esta direcção-geral cumpre a decisão do douto tribunal e nos termos da lei nada mais lhe compete decidir", lê-se na resposta dos serviços prisionais.
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No passado sábado 29 de Novembro, o Expresso anunciou que José Sócrates iria dar uma entrevista em que prometia "falar de tudo e com detalhe, respondendo como se estivesse num interrogatório". Contudo, as regras para quem está detido são rígidas e a comunicação com o exterior muito limitada. A lei admite que os arguidos possam dar entrevistas, desde que autorizadas pelo director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais. Porém, no caso de Sócrates, que está em prisão preventiva, será necessária ainda uma autorização prévia do tribunal à ordem do qual o recluso está peso, tomada "com base na ponderação do prejuízo da entrevista para as finalidades da prisão preventiva".
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José Sócrates está detido preventivamente desde 25 de Novembro, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.
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O advogado do ex-primeiro-ministro decidiu adiar a entrega do recurso, que estava marcada para hoje, contra a prisão preventiva do ex-primeiro-ministro, alegando que necessita de consultar primeiro o seu cliente.
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Até hoje, deram entrada no Supremo Tribunal de Justiça três pedidos de 'habeas corpus', todos à revelia da defesa do antigo primeiro-ministro.
O primeiro pedido de 'habeas corpus' foi recusado por falta de fundamento legal, o segundo não chegou a ser admitido para apreciação e o terceiro será decidido na quarta-feira.
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