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Defesa de Ricardo Salgado invoca "facto novo" e volta a pedir fim do processo

O julgamento do processo Operação Marquês começou no início de julho e retoma na terça-feira, depois de ter estado parado durante as férias judiciais.

Defesa de Ricardo Salgado pede fim do processo Operação Marquês, invocando 'facto novo'
Defesa de Ricardo Salgado pede fim do processo Operação Marquês, invocando "facto novo" André Kosters / Lusa
01 de Setembro de 2025 às 14:00

A defesa de Ricardo Salgado solicitou ao tribunal que julga o processo Operação Marquês que volte a apreciar a extinção do processo quanto ao ex-banqueiro, invocando que constitui um "facto novo" o acompanhamento por incapacidade declarado por outro tribunal.

Em 8 de julho, o Tribunal Local Cível de Cascais , com efeitos a 1 de janeiro de 2019.

Num requerimento apresentado na sexta-feira no Tribunal Central Criminal de Lisboa, onde está a ser julgada a Operação Marquês, a defesa do ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) alega que tal "constitui um facto novo juridicamente relevante" e, por isso, permite que os juízes voltem a apreciar a extinção do processo quanto a Ricardo Salgado ou, "no limite (subsidiariamente), a sua suspensão enquanto durar o estado clínico do ora arguido".

"A eventual prossecução deste processo-crime contra um arguido que o próprio sistema judicial (através de procedimento específico), por exemplo, deu como provado que nem sequer sabe dizer o seu nome ou onde está, seria um exercício judicial degradante, indigno e internacionalmente vergonhoso para o Estado português", sustentam, no documento a que a Lusa teve hoje acesso, os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce.

O julgamento do processo Operação Marquês começou em 3 de julho e retoma na terça-feira, depois de ter estado parado durante as férias judiciais.

Ricardo Salgado é um dos 21 arguidos e responde por oito crimes de branqueamento de capitais e três de corrupção ativa, incluindo em que o antigo primeiro-ministro José Sócrates (2005-2011) terá sido o alegado corrompido.

Segundo a sentença de 08 de julho que declarou o acompanhamento do ex-presidente do BES, este está "totalmente dependente nas atividades básicas ou instrumentais da vida diária e bem assim, de gerir os seus bens e a sua pessoa, carecendo do auxílio de terceiros para o efeito".

Além da Operação Marquês, o ex-banqueiro está a ser julgado em três processos do Universo Espírito Santo e conta com condenações a prisão efetiva noutros dois casos, relacionados com a alegada corrupção do antigo ministro Manuel Pinho e o presumível desvio de 10,7 milhões de euros do Grupo Espírito Santo.

Todos os atos sob suspeita, cuja autoria o ex-banqueiro negou anteriormente, são anteriores a 2019.

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