Advogado diz que Jardim Gonçalves não queria "ganhar na secretaria" processo do Banco de Portugal
O fundador do Banco Comercial Português (BCP), Jorge Jardim Gonçalves, lamentou hoje que o processo que contra si foi interposto pelo Banco de Portugal tenha sido declarado extinto por prescrição dos factos, segundo o seu advogado, Magalhães e Silva.
"Jardim Gonçalves lamenta que o processo tenha sido dado por concluído desta forma. Lamenta ainda a falta de capacidade revelada pelo Banco de Portugal, para que este caso não tenha sido efectivamente julgado de forma definitiva em tempo útil", lê-se numa nota enviada à agência Lusa pelo advogado do antigo presidente do BCP.
No mesmo documento, Magalhães e Silva realçou que "obviamente que tudo o que o engenheiro Jardim Gonçalves menos queria nesta altura era ganhar na secretaria. Mas foi isso que aconteceu".
O juiz António da Hora decidiu declarar extintos todos os procedimentos contra-ordenacionais que visavam o fundador do Banco Comercial Português (BCP), Jardim Gonçalves, no processo interposto pelo Banco de Portugal por prescrição dos factos.
Segundo a decisão do juiz do Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, a que a agência Lusa teve acesso, todas as nove contra-ordenações que haviam sido imputadas pelo Banco de Portugal a Jardim Gonçalves ficam sem efeito.
Isto significa que o antigo presidente do BCP não terá que pagar um milhão e euros em coimas e deixa de ficar inibido durante nove anos de exercer actividade na banca.
Esta decisão do juiz António da Hora não é passível de recurso.
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