Operação Influencer. DCIAP omitiu do tribunal escutas que envolvem António Costa
Mais de duas dezenas de interceções telefónicas só foram enviadas pelo Ministério Público para o Supremo Tribunal de Justiça em outubro, quando o tribunal já não tem poder para as poder apreciar. Além de António Costa, as conversas envolvem três dos principais protagonistas da Operação Influencer.
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O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) manteve durante vários anos, sem validação judicial, escutas que envolvem o ex-primeiro-ministro, António Costa, avança esta sexta-feira o Diário de Notícias. Em causa está um total de 22 interceções, que só foram enviadas para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em outubro, quando o tribunal já não tem poder para as poder apreciar.
Além de António Costa, as conversas envolvem três dos principais protagonistas da Operação Influencer: João Galamba, Diogo Lacerda Machado e João Pedro Matos Fernandes. Algumas delas são de 2020, há cinco anos, e outras de 2021 e 2022. Segundo um despacho do DCIAP, algumas dessas conversas poderiam ter interesse para o processo, mas podem vir a ser consideradas prova proibida, ao abrigo da lei.
Os advogados de defesa foram notificados esta quinta-feira da decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), que considerou "esgotado o poder jurisdicional", tendo em conta o tempo decorrido. A Operação Influencer levou à queda do Governo de António Costa em 2023, estando agora o ex-chefe do Governo a desempenhar as funções de presidente do Conselho Europeu.
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