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Operação Influencer: defesa de António Costa critica palavras "pouco claras" de PGR

"Tendo sido confrontado com as explicações dadas pelo senhor procurador-geral da República a respeito do processo em que o meu constituinte [António Costa] foi ouvido em maio de 2024, não posso deixar de as considerar pouco claras", disse o advogado João Lima Cluny, acrescentando desconhecer qualquer recurso que impeça a conclusão da investigação.

João Lima Cluny critica declarações do procurador-geral da República sobre Operação Influencer
João Lima Cluny critica declarações do procurador-geral da República sobre Operação Influencer Pedro Brutt Pacheco
18:16

A defesa de António Costa criticou este domingo as declarações feitas pelo procurador-geral da República, a propósito do caso Operação Influencer, que levou à demissão do antigo primeiro-ministro, considerando-as "pouco claras".

"Tendo sido confrontado com as explicações dadas pelo senhor procurador-geral da República a respeito do processo em que o meu constituinte [António Costa] foi ouvido em maio de 2024, não posso deixar de as considerar pouco claras", disse à Lusa o advogado João Lima Cluny, acrescentando desconhecer qualquer recurso que impeça a conclusão da investigação.

Dois anos depois das buscas feitas no âmbito da Operação Influencer, Amadeu Guerra explicou esta sexta-feira que "existe um recurso interposto pelos arguidos relativamente ao correio eletrónico", estando o Ministério Público dependente "do recurso no Tribunal da Relação, que está a ser apreciado".

"Foi apreendido correio eletrónico durante o processo, os arguidos interpuseram recurso. Enquanto não tivermos acesso à informação que está nos 'emails', não podemos avançar", acrescentou Amadeu Guerra à margem de um encontro dos Gabinetes de Apoio à Vítima, que decorreu na Procuradoria-Geral da República.

Nas mesmas declarações, Amadeu Guerra cometeu ainda um lapso em relação ao nome de António Costa, que rapidamente corrigiu, ao dizer que "o processo Influencer não é só o processo do ex-primeiro-ministro António Sócrates".

Em relação a estas declarações, o advogado de António Costa considerou o erro do procurador-geral da República um "infeliz lapso" e esclareceu que o processo em que o antigo primeiro-ministro prestou declarações não depende da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, uma vez que se trata de uma certidão extraída do processo Operação Influencer.

"A verdade é que, no processo em que prestou declarações, não temos conhecimento da constituição de qualquer arguido, nem, naturalmente, de qualquer recurso que impeça a conclusão da investigação", acrescentou a defesa de António Costa.

No dia 07 de novembro de 2023, foram detidas e posteriormente libertadas no âmbito da Operação Influencer cinco pessoas, incluindo o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária.

Em causa estão suspeitas de crime na construção de um centro de dados em Sines, distrito de Setúbal, na exploração de lítio em Montalegre e Boticas, ambas no distrito de Vila Real, e na produção de energia a partir de hidrogénio também em Sines.

O caso levou à queda do Governo de António Costa (PS), tendo o agora presidente do Conselho Europeu sido considerado suspeito, sem ser constituído arguido.

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