Administração Trump avalia impacto das importações de chips e fármacos

A medida poderá ser um primeiro passo para a imposição de tarifas sobre estes produtos, o que representaria um agravamento da guerra comercial. A análise será feita pelo Departamento do Comércio.
trump tarifas eua
Mark Schiefelbein/AP
Negócios com Bloomberg 14 de Abril de 2025 às 21:54

A Administração Trump avançou nos planos para impor tarifas sobre os semicondutores e fármacos ao iniciar uma avaliação liderada pelo Departamento do Comércio, num potencial primeiro passo para aplicar taxas sobre estes produtos, o que poderá agravar a guerra comercial global.

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No anúncio, feito esta segunda-feira no Registo Federal (equivalente ao Diário da República), o Departamento do Comércio disse que vai investigar o impacto na segurança nacional das "importações de semicondutores e do equipamento de produção de semicondutores", assim como dos produtos "farmacêuticos e ingredientes farmacêuticos e fármacos terminados".

O Presidente dos EUA há muito que descreve a produção de fármacos e chips no estrangeiro como um risco para a segurança nacional e ameaçou impor tarifas numa tentativa de reanimar a produção destes bens nos EUA. Mas as taxas também poderão causar o caos nas cadeias de fornecimento e aumentar os custos para os norte-americanos.

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As novas tarifas ameaçam perturbar uma indústria de chips global que vale mais de 600 mil milhões de dólares em receitas de semicondutores, essenciais para produtos que vão desde carros a aviões, telemóveis e produtos eletrónicos. As cadeias de abastecimento, que ainda não recuperaram totalmente da disrupção causada pela pandemia, poderão agora enfrentar novas dificuldades com as tarifas.

As gigantes farmacêuticas norte-americanas, como a Merck & Co. e a Eli Lilly & Co., também seriam penalizadas, uma vez que têm instalações de produção um pouco por todo o mundo.

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No domingo, o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump prometeu que ainda iria visar smartphones, computadores e outros produtos eletrónicos de consumo com tarifas, atribuindo a isenção temporária (publicada na sexta-feira num boletim do Serviço de Imigração e Alfândegas) a uma etapa processual no seu esforço geral para refazer o comércio dos EUA.

O adiamento - que isenta uma série de produtos eletrónicos populares de tarifas de 125% na China e de uma taxa fixa de 10% aplicada a todo o mundo - é temporário e faz parte do plano de longa data para aplicar uma taxa diferente e específica ao setor, segundo clarificou Trump numa publicação na sua rede social. Sublinhou que continua a aplicar-se a taxa de 20% que já existia e que tinha sido imposta como penalização pela facilitação da entrada fentanil no país.

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