Trump arranca mandato com mais derrotas do que vitórias
Há um ano, quando Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos, persistia uma dúvida central: iria o magnata mudar tudo e desafiar todas as regras vigentes ou poderia a Casa Branca ter um efeito normalizador capaz de lhe atribuir um perfil presidencial.
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Volvidos 12 meses, parte da dúvida está desfeita. Trump promoveu uma governação que foi tudo menos ordinária. Redefiniu a presidência e infringiu todas as normas, recorrendo a ataques e insultos que desagregaram ainda mais a já polarizada sociedade norte-americana.
Já as mudanças prometidas pelo presidente "anti-establishment" nem sempre se concretizaram, ou apenas parcialmente. Trump não foi o agente da mudança do sistema. Pelo contrário, foi aliado de poderosos sectores (financeiro e petrolífero), onde promoveu algumas das maiores alterações, como a desregulamentação financeira ou a recolocação dos EUA no paradigma dos recursos fósseis.
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No plano externo, o proteccionismo e anti-multilateralismo de Trump encontraram par na vontade da China assumir a liderança do mundo global, o que diminui e fragiliza o papel dos Estados Unidos numa ordem internacional cada vez mais desordenada e multilateral.
Mas nem tudo foi mau para Trump. Foi sob a batuta do actual presidente que a maior economia mundial reforçou quase todos os indicadores e que foi aprovada a maior reforma fiscal em 30 anos.
Neste contexto, Trump completa o primeiro ano do mandato presidencial com a pior taxa de popularidade quando comparada com os últimos sete presidentes.
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