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Chinesa CMOC compra quatro minas de ouro no Brasil por 863 milhões de euros

A empresa ficará com três explorações que totalizam cerca de 3,87 milhões de onças de ouro em reservas.

Chinesa CMOC compra quatro minas de ouro no Brasil por 863 milhões de euros
Chinesa CMOC compra quatro minas de ouro no Brasil por 863 milhões de euros Mark Baker / Associated Press
07:28

A gigante mineira chinesa CMOC vai adquirir as operações da canadiana Equinox no Brasil por 863 milhões de euros, passando a deter direitos de exploração sobre quatro minas de ouro, incluindo reservas em Maranhão, Bahia e Minas Gerais.

Num comunicado publicado no seu portal oficial, a empresa chinesa indica que espera concluir a operação no primeiro trimestre de 2026, estando ainda sujeita à aprovação dos reguladores competentes.

A venda será concretizada através de um pagamento inicial de 900 milhões de dólares (765 milhões de euros) e outro adicional de 115 milhões de dólares (98 milhões de euros), condicionado ao volume de vendas durante o primeiro ano após a conclusão oficial do negócio.

A CMOC ficará com três explorações que totalizam cerca de 3,87 milhões de onças de ouro em reservas: Aurizona, no estado de Maranhão (nordeste do Brasil); o complexo de Bahia (este), que inclui as minas de Fazenda e Santa Luz; e RDM, no estado de Minas Gerais (centro).

"Tendo em conta os ricos recursos naturais e o ambiente geopolítico estável do Brasil, esta aquisição representa uma adição estratégica aos nossos ativos existentes, criando uma sinergia mais forte e uma presença crescente da CMOC na América do Sul", afirmou o presidente da empresa, Liu Jianfeng.

A companhia adianta que, com esta compra e o arranque das operações na mina de Odin (Equador), a sua produção aurífera poderá ultrapassar as 20 toneladas anuais.

Segundo o jornal de informação económica Securities Times, estes níveis colocariam a CMOC entre os principais produtores de ouro da China, embora ainda atrás dos líderes do setor, Zijin Mining e Shandong Gold.

O jornal recorda que a CMOC já é atualmente o maior produtor mundial de cobalto e figura entre os dez maiores produtores de cobre.

O ouro, considerado um ativo de refúgio em períodos de incerteza, tem oscilado nos últimos dias, próximo dos máximos históricos atingidos em outubro, após acumular uma valorização de cerca de 65% ao longo deste ano. Especialistas antecipam que o metal continuará a subir em 2026, impulsionado pelas compras dos bancos centrais.

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