Clinton vs. Trump II: sondagens dão a vitória à democrata
O regresso da gravação indiscreta. Se o primeiro debate entre Hillary Clinton e Donald Trump era um mistério, o segundo frente-a-frente foi um debate bastante duro e agressivo, que durou 1h30. Veja aqui como foi o minuto-a-minuto.
A não ser que tenha estado a viver numa caverna nos últimos dois dias, deve ter reparado que emergiu um novo escândalo em torno de Donald Trump. Uma gravação de 2005 mostra-o a referir-se a mulheres em termos ofensivos e a admitir que as apalpa sem o seu consentimento. "Aos famosos elas deixam fazer tudo", sublinha. O tema mereceu ampla cobertura mediática nos Estados Unidos, ainda mais depois de dezenas de republicanos terem anunciado que retiravam o apoio a Trump.
A gravação é terrível para Trump, que já estava a cair nas sondagens depois de um mau desempenho no primeiro debate. A cobertura está a ser tão extensa e negativa que tem praticamente abafado revelações sobre discursos de Hillary Clinton para um público de Wall Street.
Embora Trump tenha pedido desculpa pela forma como falou naquela gravação, os tweets que foi enviando mostram uma postura desafiante, esperando-se que esta noite faça referências aos casos de adultério Bill Clinton, acusando-o de ter violado mulheres no passado e de Hillary ter atacado aquelas que o denunciaram. Tudo indica que será 1h30 bastante feia, mas se a estratégia é ser agressivo, este não é o melhor formato: o segundo debate será um town hall, o que significa que, além das perguntas dos moderadores, será necessário responder directamente a pessoas do público. Não é o melhor palco para atacar escândalos sexuais do adversário.
Nesta altura Hillary Clinton está à frente de Donald Trump nas sondagens nacionais por cerca de cinco pontos percentuais. No mínimo, Trump tem de parar a hemorragia de votos e, normalmente, quem perde o primeiro debate tende a ganhar o segundo. Veremos se a história se repete.
Se está a ler esta notícia na app do Negócios, siga este link para acompanhar o minuto a minuto: http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/clinton_vs_trump_2_o_regresso_da_gravacao_indiscreta.html
- A gravação que tramou Donald Trump
- Quanto é que Trump perdeu desde o primeiro debate?
- "Por que é que isto só está a ter impacto agora?"
- E o escândalo de Hillary Clinton?
- Faltava algum Hoobastank a esta eleição
- Estratégia de Trump para hoje? Atacar um Clinton, o Bill
- Eu ainda sou do tempo que Trump elogiava Clinton
- A banda sonora para este pré-debate
- 1/3 dos senadores republicanos não apoia Donald Trump
- A base republicana não quer que Trump desista
- Os americanos querem saber de escândalos sexuais?
- Em 1998, dois terços das mulheres admiravam Hillary pela forma como lidou com adultério
- Parece haver mais (e piores?) gravações de Donald Trump
- Quantos jornalistas cabem aqui?
- Donald Trump organiza conferência de imprensa com alegadas vítimas de Bill Clinton
- Alegadas vítimas de Bill Clinton estarão na audiência do debate
- Para quem acha que isto parece o programa do Jerry Spring, ele concorda
- Para aligeirar o ambiente...
- A "preparação" de Trump para o debate
- Qual é a estratégia de Donald Trump?
- A resposta de Hillary Clinton
- "Are You Not Entertained?"
- O que os eleitores acharam da gravação de Trump e do seu pedido de desculpa
- A cinco minutos de começar o debate, preparem-se
- Bill Clinton e Melania Trump cumprimentam-se (uau!)
- Está bom ambiente
- Não houve aperto de mão entre Clinton e Trump
- Trump diz que gravação é "conversa de balneário"
- Foto de família
- Clinton: "When they go low, you go high"
- Aquele momento em que um candidato ameaça prender o adversário
- Como é que o antigo presidente do Comité Nacional Republicano analisa este debate?
- Steven Spielberg inspirou Hillary Clinton?
- Trump queixa-se de parcialidade dos moderadores
- Trump diz que não concorda... com o seu vice-presidente
- Hmm...
- Trump: "Aleppo basicamente já caiu"
- Funeral da democracia
- Trump parece estar a ganhar o debate
- Desautorização de Pence, prender Hillary e cavalheiro Trump são os principais momentos para o Facebook
- Focus group conclui que Trump venceu
- O que achou Krugman? (não vai ser surpreendido)
- Mike Pence dá os parabéns a Donald Trump
- O que Clinton gosta em Trump (e vice-versa)
- No final sempre houve aperto de mão
- Sondagens dão vitória a Hillary Clinton no debate
- Veja o vídeo completo do segundo debate
Se ainda não percebeu toda a excitação em torno das declarações de Donald Trump, veja aqui aquilo que o candidato republicano disse em 2005 sobre as mulheres:

Mal terminou o primeiro frente-a-frente entre Clinton e Trump ficou bastante claro que a democrata foi a vencedora. Algo que ficou cristalizado na sondagem da CNN logo a seguir ao debate (62% para Clinton, 27% para Trump). Antes do embate, Clinton tinha uma vantagem de 1,4 pontos percentuais face a Trump, na média das sondagens do FiveThirtyEight. Nesta altura, o site de Nate Silver coloca-a quase cinco pontos à frente do milionário. Actualmente, olhando apenas para as sondagens, o FiveThirtyEight dá 81,3% de hipóteses de Clinton vencer a eleição. Eram 55% antes do primeiro debate. O Upshot, do NYT, está mais pessimista sobre as hipóteses de Trump e coloca a probabilidade de uma vitória dos democratas nos 83%. Era 70% há duas semanas. O site Real Clear Politics diz que Clinton está à frente por 4,6 pontos percentuais. Era 2,3 antes do último frente-a-frente. O Pollster, do Huffington Post, coloca a vantagem de Clinton nos 6,1 pontos, acima dos 3,5 pontos de 26 de Setembro.
Actualmente, olhando apenas para as sondagens, o FiveThirtyEight dá 81,3% de hipóteses de Clinton vencer a eleição. Eram 55% antes do primeiro debate.
O Upshot, do NYT, está mais pessimista sobre as hipóteses de Trump e coloca a probabilidade de uma vitória dos democratas nos 83%. Era 70% há duas semanas.
O site Real Clear Politics diz que Clinton está à frente por 4,6 pontos percentuais. Era 2,3 antes do último frente-a-frente.
O Pollster, do Huffington Post, coloca a vantagem de Clinton nos 6,1 pontos, acima dos 3,5 pontos de 26 de Setembro.
Nas últimas horas, muitos se têm questionado sobre a relevância que está a ser dada a comentários de Trump, quando o candidato republicano já assumiu posições tão controversas quanto esta. Brian Stelter, da CNN, explica a importância e o impacto de ter um som em bruto tão honesto. Tenha especial atenção à reacção da plateia quando a moderadora questionada Trump:
Trump's history of sexist talk was well known.
But in an era of deep media distrust, a TAPE makes a big difference. https://t.co/T0h2nMncQc

Clinton bem que pode agradecer por esta gravação de Trump, porque nas últimas horas surgiram revelações que também não a ajudam a criar uma imagem de transparência e honestidade para o eleitorado. O Wikileaks divulgou discursos da democrata para um público de Wall Street, entre os quais uma intervenção no Goldman Sachs, em 2013. A democrata ainda não confirmou a veracidade destes excerptos, cuja origem parece ser a conta de email do seu advogado, John Podesta.
Uma das frases que a vai colocar em apuros - e provavelmente aparecer na campanha republicana - coincide com uma das principais críticas de Trump: falta de transparência. Quando se refere a negociações complicadas, Clinton diz que é necessário "uma posição pública e privada".
Além disso, para uma candidata que promete ser dura com os grandes bancos e pretende conquistar os votos de Bernie Sanders, pode ser estranho lê-la dizer que tem "grandes relações" com a comunidade de Wall Street e que tem "um grande respeito pelo trabalho que fazem e pelas pessoas que o fazem". Para quem se quer distanciar de um milionário - Trump - esse objectivo não é ajudado quando ela reconhece que, embora tenha crescido na classe média, hoje "está obviamente afastada" devido ao dinheiro que ela e o marido acumularam. Ainda assim, Clinton reconhece nessa intervenção que "não esqueceu" esse seu passado.
Outra frase que será usada pelos republicanos para a atacar está relacionada com o sistema de saúde norte-americano, quando a democrata elogia os sistemas de saúde universais da Escandinávia e Canadá, por "diminuírem os gastos". Mais: a candidata adianta que um objectivo seu é analisar a reforma do sistema de saúde de Barack Obama e seguir no sentido de um sistema de saúde de cobertura universal "como têm aqui no Canadá".
Contudo, talvez a frase mais comprometedora para o eleitorado americano envolve Clinton a falar de "fronteiras abertas" no hemisfério norte. "O meu sonho é um mercado comum hemisférico, com comércio livre e fronteiras abertas", terá dito. Uma frase que deverá servir de linha de ataque para os republicanos, uma vez que é já uma crítica recorrente do GOP.
Fãs de Hoobastank, esta eleição agora diz-vos respeito.
I can't stop laughing at this
(via @JMatthiasFord's Tumblr) pic.twitter.com/Kb0uo2Yfmw
Já tinha ficado claro no último debate que Donald Trump iria trazer ao debate as infidelidades (e eventualmente outros crimes) cometidas por Bill Clinton no passado. Isso parece ser agora garantido. O último tweet de Trump é um entrevista do site ultra-conservador Breitbart com alegadas vítimas do ex-Presidente dos EUA.
Exclusive Video–Broaddrick, Willey, Jones to Bill's Defenders: ‘These Are Crimes,’ ‘Terrified’ of ‘Enabler’ Hillary https://t.co/DMfLsIbtU1
"Eu ainda sou do tempo que Donald Trump elogiava Clinton pela forma como lidou com os escândalos do marido." Sabendo que a linha de ataque de Trump serão as infidelidades do ex-Presidente dos EUA, a CNN (e talvez a máquina de propaganda de Clinton) descobriu uma entrevista de Donald Trump, em que este elogia a forma como Hillary lidou com esses casos.
"Acho que atravessou um período terrível", disse Trump. "Acho que ela passou por mais do que qualquer mulher deveria ter de suportar - tudo em público. Quer dizer, mulheres que lidam com isto na sua privacidade não conseguem aguentar e ela está na capa de todos os jornais todas as semanas com aquilo que aconteceu em Washington."
Não é propriamente uma novidade de a candidatura de Trump não era a preferida do aparelho ("establishment") republicano, mas o GOP tentou passar uma imagem de união depois da nomeação do milionário. A "gravação" parece ter deitado isso a perder. Quase um em cada três (!) senadores republicanos não apoia Trump nesta eleição.
O NYT tem também uma lista actualizada de destacados republicanos que não apoiam o candidato do seu partido. São mais de 160. Não é só uma lista, mas também uma cronologia, ligando as declarações de Trump à decisão de não o apoiar.
Trump não precisou deles para ganhar as primárias do Partido Republicano. Qual é a reacção dele a esta fuga de apoios?
So many self-righteous hypocrites. Watch their poll numbers - and elections - go down!
Esta é a encruzilhada do GOP. Mesmo que muitos odeiem Donald Trump - não apenas pelo feitio, ele tem propostas afastadas da matriz ideológica do partido - Trump ajudou a tornar a base republicana sua. Trouxe-lhe novas pessoas e deu-lhe mais energia.
Segundo uma sondagem do Politico feita depois do escândalo da gravação, apenas 12% dos republicanos (e 13% das mulheres republicanas) querem que Trump desista da eleição. As percentagens são mais ou menos as mesmas quando lhes é perguntado se o Partido Republicano o deve continuar a apoiar. Apenas 13% diz que deve deixar de o apoiar.
Mesmo que Trump perca a 8 de Novembro, estes eleitores - fiéis a este estilo e estas políticas - não vão desaparecer em quatro anos.
O caso de Donald Trump e Bill Clinton são muito diferentes, por imensos motivos que não há tempo para explicar num minuto-a-minuto. Mas... eles coincidem no facto de serem sobre comportamentos sexuais privados. A Pew Research lembra hoje como mesmo os americanos que acharam o caso de Bill Clinton com Monica Lewinsky "muito errado" (cerca de 70%) queriam que ele continuasse Presidente: mais de dois em cada três dos que classificaram o caso como "muito errado" queria que ele continuasse na Casa Branca.
What voters said in our 1998 poll about the Lewinsky matter & Bill Clinton #Debates2016 https://t.co/NPnGmxDqqr pic.twitter.com/GAdIXuhLmP
Se é por aqui que Trump vai, é um caminho perigoso. Usar as infidelidades de Bill Clinton contra Hillary pode não cair bem junto do eleitorado feminino (que já lhe está a fugir), pelo menos se tivermos em conta aquilo que as mulheres norte-americanas responderam em 1998 a um inquérito da Pew: 66% disseram que a admiravam pela forma como lidou com o caso. Apenas 20% dizia que ela agiu mal.
No entanto, é importante referir que, desde essa altura, a imagem de Clinton tornou-se mais negativa. Hoje, a democrata é bastante impopular.
In our August 1998 poll, 66% of Americans said they admired Hillary Clinton for standing by husband during scandal https://t.co/kPBfr1YUOy pic.twitter.com/MK9y1vUkfZ
É difícil medir o buraco em Trump parece estar neste momento. Depois da gravação em que aparece a dizer que beija e apalpa mulheres sem o seu consentimento, produtores do seu antigo programa "The Apprentice" dizem que há pior.
As a producer on seasons 1 & 2 of #theapprentice I assure you: when it comes to the #trumptapes there are far worse. #justthebegininng
Quão maus podem ser estes comentários? Bom, outra produtora - que não trabalhou no "The Apprentice" - diz que este tipo de fugas de gravações pode levar a multas de 5 milhões de dólares. A mesma Nee, vencedora de um Emmy e Peadbody, diz que este "far worse" é Trump a usar a "palavra N". Esta "palavra N" é nigga ou negro. Termos muito ofensivos no contexto americano e praticamente banidos dos media.
@mcuban the price is 5 million to cover the penalty fee. And we all get to hear him use the N word from what I hear https://t.co/IsmJvHHL1K
A máquina Clinton está obviamente atenta. Num email enviado ao site Buzzfeed, o líder de uma SuperPAC que apoia a democrata diz: "Se 5 milhões de dólares de multa de fuga de informação é aquilo que nos separada da verdadeira e total implosão de Trump, podem contar comigo."

É aqui que vão estar os jornalistas que cobrem o debate desta noite.
Veja como Donald Trump diz que se está a preparar para o debate. Isto aconteceu mesmo. A uma hora e meia do debate...
Não é muito fácil comentar aquilo que acabou de acontecer, até porque é relativamente inédito, mas já sabemos que Donald Trump pretende que as mulheres com quem organizou a conferência de imprensa - e que dizem ter sido vítimas de avanços e violações de Bill Clinton - estejam entre o público do debate desta noite. Os nomes delas são: Paula Jones, Juanita Broaddrick, Kathleen Willey e Kathy Shelton.
All of the women who have accused Bill Clinton of rape/unwanted advances that Trump just had a presser with will be inside the #Debate hall
O vídeo colocado há minutos por Donald Trump ainda está a deixar muitos sem reacção. Enquanto apanhamos todos os nosso queixo do chão, algum humor pode ajudar. Veja como Saturday Night Live cobriu o caso Trump ontem à noite.

Donald Trump com Paula Jones, Juanita Broaddrick, Kathleen Willey e Kathy Shelton, alegadas vítimas de assédio e violação por Bill Clinton.
É a pergunta que se impõe, numa altura em que a resposta de Donald Trump a haver uma gravação em que ele admite beijar e apalpar mulheres sem permissão é tentar provar que o marido da sua adversária também o faz.
Rudy Giuliani: "He who hasn't sinned throw the first stone" https://t.co/PkGBE6YyYI #CNNSOTU https://t.co/xPFIirPclh
Esta foi a resposta de Hillary Clinton há minutos à conferência de imprensa organizada por Donald Trump com as alegadas vítimas de Bill Clinton.
Remember. #Debate pic.twitter.com/rlMbTt5WwY
Frank Luntz, especialista conservador em sondagens, fez hoje um focus group em torno da gravação de Donald Trump, com apoiantes de Donald Trump, Hillary Clinton e indecisos. Os resultados foram "terríveis", diz Luntz.
Dials were abysmal for Donald Trump's leaked tape from Friday… pic.twitter.com/Dd9giX5LEu
Por outro lado, quando confrontados com o pedido de desculpas de Trump, as coisas pareceram correr melhor, mesmo entre indecisos. Nas referências a Bill Clinton, as reacções começaram a ser mais negativas.
…However, his apology video didn't do terribly with undecideds, even if he spent more time attacking than apologizing. pic.twitter.com/zjnmzSkWu3
Everybody strapped in for the next ninety minutes! pic.twitter.com/yjMveuNwP2
Minutos antes de começar o debate, Bill Clinton e Melania Trump cumprimentam-se. Os filhos de Trump também deram um aperto de mão ao ex-Presidente.
C-SPAN, serving tension for dinner. pic.twitter.com/kcLrVX6ifP
.@realDonaldTrump and @HillaryClinton do not shake hands upon walking out on debate stage #Debates https://t.co/BvzCpLZ4C8
Questionado sobre a gravação, Donald Trump volta a insistir que as suas declarações são normais. "Foi conversa de balneário. Peço desculpa à minha família", afirmou o candidato republicano, mudando rapidamente de assunto. "Temos um mundo em que o ISIS corta cabeças [...] são tempos medievais."
Trump falou de ser duro com o Estado Islâmico e de tornar a "América segura outra vez e rica outra vez". Entretanto, voltou á gravação: "Estou muito envergonhado, mas é conversa de balneário... Eu vou dar cabo do ISIS [...] Tenho grande respeito por mulheres, ninguém respeito mais as mulheres."
E fez esses actos de que se gaba na gravação? "Não fiz essas coisas."

Quando Clinton é questionada sobre a gravação de Donald Trump, ela decide elencar todos os casos em que o candidato republicano fez declarações polémicas sobre grupos étnicos ou sociais. "Aquilo que ouvimos sexta-feira foi aquilo que ele pensa sobre mulheres, aquilo que faz a mulheres. Representa totalmente aquilo que ele é. Temos visto nesta campanha insultar mulheres, avaliar mulheres de 1 a 10, gozar com mulheres na televisão no Twitter", sublinhou. "E não é apenas mulheres e apenas este vídeo. Ele atacou imigrantes, afro-americanos, deficientes, muçulmanos, presioneiros de guerra..."
Minutos depois, Clinton lembra aquilo que Michelle Obama disse na convenção democrata: "When they go low, you go high."
.@HillaryClinton: "When they go low, you go high." #Debate https://t.co/sOo7xmvGK2 pic.twitter.com/tJL8d07rRM
Acho que este é um momento inédito num debate presidencial... Donald Trump anuncia que, caso seja eleito, vai nomear um "procurador especial" para investigar Hillary Clinton. Em resposta, Clinton diz "ainda bem que alguém com o feitio de Donald Trump não está à frente da Lei do nosso país". A resposta de Trump: "Porque estarias presa."
Donald Trump just suggested Hillary Clinton "would be in jail" if he were president https://t.co/lzDR96uB0V #debate pic.twitter.com/agZDUNTVLa
GOP at this moment. #debate pic.twitter.com/nD0gc29sWj
Os jornalistas perguntaram a Clinton o que ela quis dizer quando referiu num discurso para Wall Street que era necessário ter "uma posição pública e uma posição privada" sobre alguns temas (divulgado pelo Wikileaks) e a democrata respondeu dizendo que aquela frase vem no contexto de um elogio às capacidades de negociação de Abraham Lincoln expressas no filme "Lincoln", de Steven Spielberg.
Como uma nota lateral. Novembro de 2012:
Steven Spielberg is a great filmmaker. Go see "Lincoln."
Numa troca especialmente quente entre os dois candidatos, Clinton - tentando escapar a uma pergunta sobre o seu email particular - acusa Trump de tentar distrair os eleitores (lembra-se das alegadas vítimas de Bill Clinton?). Perante a decisão dos moderadores de avançar para outro tema, Trump queixa-se de ser uma luta 3 contra 1.
Donald Trump: "I'd like to know, Anderson, why aren't you bringing up the emails?" #debate pic.twitter.com/ZVWm8pFNzy
Numa parte do debate em que se discute política externa norte-americana, a moderadora confronta Donald Trump com a posição do seu candidato a vice-presidente, Mike Pence, em relação a Síria e à Rússia, expressa no debate vice-presidencial: "Ele e eu não falámos. mas eu discordo", sublinhou.
O vídeo:
.@realDonaldTrump disagrees with running mate @mike_pence on Syria: "He and I haven't spoken and I disagree." https://t.co/wbl2EQCgca
Jornalista: "O que acontece se Aleppo cair?"
Donald Trump: "Basicamente já caiu."
Christopher Hayes diz aquilo que muitos de nós estamos a pensar.
You can feel this air of almost grief-stricken sadness in all the answers. It's like everyone's at a funeral for American democracy.
Frank Luntz, o especialista conservador em sondagens, está a fazer um focus group e a publicar o resultados em directo. Os resultados parecem apontar para uma vitória de Trump, com Clinton a recuperar terreno no final do embate.
Who had the greater positive impact on your voting choice tonight?
• 21 say Trump
• 9 say Clinton#Debate2016 pic.twitter.com/wAwekyA97n
Alguns dos posts anteriores:
It's halftime – who's winning the debate so far?
• 17 say Trump
• 4 say Hillary
• 9 tied
Outro
CORRECTION: Trump is NOT tanking on foreign policy.
This is actually an improvement from the first #debate. pic.twitter.com/lleb8RSF46
E ainda outro
My group says Hillary (17 votes) won SCOTUS exchange over Trump (9).
Trump has been wavering this last 30 minutes... But not melting down.
Brian Stelter, da CNN, cita dados do Facebook para dizer que estes foram os principais momentos na rede social.
According to Facebook, these were the top 3 "social moments:" pic.twitter.com/lWBKQGtc1r
Frank Luntz é especialista em sondagens e focus groups. Ficou conhecido por trabalhar para a Fox News.
Focus Group: Who are you willing to vote for?
BEFORE #DEBATE
• Hillary: 8
• Trump: 9
AFTER DEBATE
• Hillary: 4
• Trump: 18
Não é que seja uma surpresa, mas esta é a visão do Nobel da Economia:
Let's be clear: a candidate for president promised to put his opponent in jail if he wins. Everything else is secondary.
Congrats to my running mate @realDonaldTrump on a big debate win! Proud to stand with you as we #MAGA.

A última pergunta do debate pediu aos dois candidatos à Presidência dos EUA para dizerem uma coisa boa sobre o seu adversário.
Clinton sobre Trump
"Os filhos dele são muito capazes e devotos. E isso diz muito sobre Donald... É algo que, como mãe e avó, é muito importante para mim."
Trump sobre Clinton
"Ela não desiste. É uma lutadora. Ela luta e não desiste e considero isso uma boa característica."


Talvez influenciados pelas coisas boas que disseram um sobre um outro segundos antes, Donald Trump e Hillary Clinton deram um aperto de mão no final do debate, depois de não o terem feito à entrada.
Hillary Clinton and Donald Trump shake hands at the end of debate, after declining to do so at the start. #Debates pic.twitter.com/t7mn7xoGrz
A percepção dos comentadores - e um conhecido focus group - apontava para uma vitória de Donald Trump no debate de hoje. No entanto, a sondagem da CNN a quem viu o debate conclui que Hillary Clinton ganhou o frente-a-frente de hoje. Clinton reuniu 57% dos votos e Trump 34%. Recorde-se que a amostra utilizada é mais democrata do que republicana, porque há mais democratas a ver os debates.
Contudo, no jogo das expectativas, Trump não sai muito mal: 63% dizem que o republicano se comportou acima das expectativas e apenas 21% dizem que esteve pior do que esperavam. Quanto a Hillary Clinton, 39% disseram que ela esteve melhor, 26% que esteve pior face às expectativas iniciais.
Outra sondagem, da YouGov também atribui a vitória a Clinton, mas por uma margem mais pequena: 47% vs. 42%. Se olharmos apenas para os indecisos, a democrata também sai à frente (44% vs. 41%). É interessante a divisão homens/mulheres. Enquanto os inquiridos do sexo masculino atribuíram a vitória a Trump (46% vs. 43%), as mulheres ficaram claramente do lado de Clinton (50% vs 38%).
Clinton narrowly won undecideds watching the debate 44% to 41% https://t.co/mZtA62WZFn
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