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Trump quer quadruplicar exportações de soja para a China. E os preços já subiram

Comentário é feito perto do fim do prazo da trégua comercial entre os dois países.

Donald Trump
Donald Trump Jacquelyn Martin/AP
11 de Agosto de 2025 às 12:19

Amanhã, terça-feira, termina a trégua comercial de 90 dias acordada entre os EUA e a China com vista à negociação de um acordo entre os blocos económicos. Um momento que está a ser aguardado com grande expectativa pelos mercados, devido ao peso comercial que os dois países representam na economia global. E o Presidente americano, Donald Trump, aproveitou o fim do prazo para enviar um "recado" ao congénere chinês.

"A China está preocupada com a falta de soja. Os nossos grandes agricultores produzem a soja mais robusta. Espero que a China quadruplique rapidamente as encomendas de soja. Esta é também uma forma de reduzir substancialmente o défice comercial entre a China e os EUA. Vamos providenciar um serviço rápido. Obrigado Presidente Xi", lê-se na publicação feita por Donald Trump na rede social Truth Social.

Segundo a agência de notícias , o contrato de soja mais negociado na Bolsa de Chicago (CBOT), subiu 2,1% em reação às declarações do Presidente americano, sendo que nos dias anteriores tinha registado poucas variações. O alqueire de soja estava a negociar nos 10,08 dólares (cerca de 8,66 euros ao câmbio atual).

Apesar do "piscar de olho" de Donald Trump à China, que no ano passado importou 105 milhões de toneladas métricas de soja, sendo que 25% tiveram origem nos EUA, sendo o resto importado maioritariamente do Brasil – com quem a China tem vindo a estreitar laços, , justamente por causa das tarifas norte-americanas.

Ou seja, a intenção de Donald Trump de que a China multiplique por quatro a importação de soja americana obrigaria a que praticamente toda a soja comprada pelo país asiático tivesse origem nos EUA.

Apesar de o fim do prazo para a trégua comercial terminar nesta terça-feira, 12 de agosto, existe a possibilidade de um novo prazo de trégua vir a ser definido, para dar mais tempo aos países de negociarem um acordo comercial mais amplo.

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