China pede fim dos exercícios militares dos EUA na Coreia do Sul
"A continuação dos testes nucleares viola as resoluções da ONU, mas as manobras militares em redor da península [coreana] não respeitam as resoluções da ONU", declarou hoje o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reiterando o apelo para o fim dos exercícios militares conjuntos dos exércitos americano e sul-coreano.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês falava numa conferência de imprensa em Berlim após um encontro com o seu homólogo alemão, Sigmar Gabriel.
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As autoridades de Seul anunciaram exercícios conjuntos com um porta-aviões americano que é aguardado em breve naquela região.
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Washington mobilizou o porta-aviões nuclear USS Carl Vinson e respectiva escolta para a península coreana, onde deverá chegar até ao final da semana.
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"O perigo que novos conflitos ecludam a qualquer momento é grande, é por essa razão que apelamos a todas as partes que mostrem sangue frio e evitem qualquer acção ou palavra que possa levar a novas provocações", declarou Wang Yi na capital alemã.
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Questionado sobre os riscos de um eventual conflito armado, o ministro chinês considerou que "mesmo um risco de 1% não pode ser tolerado" porque uma guerra teria consequências "inimagináveis".
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Pequim tem defendido nas últimas semanas uma solução que tem por base a ideia "suspensão contra suspensão", ou seja, o regime de Pyongyang deve interromper as suas actividades nucleares e balísticas e Washington deve parar com as manobras militares comuns com a Coreia do Sul, exercícios anuais considerados pela 'vizinha' Coreia do Norte como uma provocação.
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Os Estados Unidos rejeitaram o plano chinês e voltaram a insistir que a China, um aliado tradicional de Pyongyang, pressione o regime norte-coreano, que tem intensificado os avisos e as ameaças a Washington. Responsáveis norte-americanos já avisaram que todas as opções, incluindo militares, estão "em cima da mesa".
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Pequim, que continua a defender que a solução da mútua suspensão é "a única opção viável", desafiou Washington a avançar com "uma melhor proposta".
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Sobre a influência de Pequim sobre o regime norte-coreano, o ministro chinês afirmou em Berlim que é limitada.
"A Coreia do Norte é um Estado soberano e deve decidir por si mesmo se quer ou não parar com as suas actividades nucleares", argumentou Wang Yi.
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"Naturalmente, também acreditamos que estas actividades não são do interesse da Coreia do Norte", acrescentou o ministro, sublinhando que Pyongyang justifica as suas acções com a "ameaça americana".
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