Juncker não está muito optimista em relação às negociações com os EUA
"Nós claramente queremos dizer que não somos os inimigos dos Estados Unidos, temos um passado comum que não devemos esquecer. (Mas) eu não sou excessivamente optimista", disse Juncker.
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A entrevista com a ZDF foi para o ar durante a noite de terça-feira e nessa conversa Juncker disse que a União Europeia (UE) está pronta para a retaliação caso Trump decida sobre tarifas alfandegárias adicionais a aplicar a carros europeus.
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Juncker insistiu que quer "evitar uma guerra comercial", mas sublinhou que a UE não deixaria passar o assunto em branco.
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"Se chegarmos aos impostos alfandegários (europeus) sobre os automóveis (europeus), então a UE terá de tomar medidas de retaliação (...) somos capazes de responder de forma adequada e imediata", acrescentou.
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A UE já impôs impostos punitivos sobre produtos emblemáticos dos EUA desde que Washington decidiu aumentar os direitos sobre o alumínio e o aço europeus.
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"É bem possível que o Sr. Trump tenha algo a oferecer", disse Juncker.
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Donald Trump ameaça regularmente impor tarifas sobre as importações de carros europeus, o que preocupa particularmente a Alemanha, onde esse sector chave emprega cerca de 800.000 pessoas.
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No twitter, Trump ironizou, como já havia feito no G7, sobre a suposta falta de ousadia dos parceiros dos Estados Unidos, garantindo estar pronto, ao contrário dos europeus, para que todos desistam de "todas as tarifas, barreiras não tarifárias e subsídios".
O presidente da Comissão Europeia visita hoje os Estados Unidos, onde irá reunir-se com Donald Trump e discursar sobre as relações entre o país e a União Europeia.
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Na segunda-feira, um porta-voz da Comissão Europeia considerou a reunião como uma ocasião para "desdramatizar" qualquer tensão comercial entre as duas partes.
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De acordo com o porta-voz, Juncker não pretende avançar com qualquer "oferta" comercial por parte da União Europeia.
As relações comerciais entre Bruxelas e Washington estão tensas, não só devido às taxas alfandegárias impostas por Washington às importações de aço e alumínio -- e já retaliadas pelo bloco europeu --, mas também pela ameaça de Donald Trump de aplicar tarifas às importações de automóveis oriundas da UE, caso os representantes comunitários não negoceiem de "boa-fé" na visita à Casa Branca.
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Após a reunião, Juncker visita o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), também em Washington, onde discursará sobre as relações entre a União Europeia e os Estados Unidos da América.
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