Manifestantes ucranianos invadem sede do partido do Presidente Yanukovitch
A capital ucraniana já não assistia a confrontos violentos desde finais de Janeiro, mas esta manhã a violência voltou às ruas de Kiev. De acordo com o “El País”, a violência começou quando a polícia tentou travar uma marcha de partidos da oposição, que exigiam a restauração da Constituição de 2004. Milhares de manifestantes furaram o bloqueio e atacaram a polícia, que começou a disparar balas de borracha para a multidão, escreve o periódico espanhol, citando um jornalista da France Presse no local.
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Os confrontos tiveram lugar na rua Grushevki, cenário de graves distúrbios no final do mês passado, mas também no cruzamento das ruas Institútskaya e Shelkovíchnaya. De acordo com a Lusa, centenas de manifestantes atiraram cocktails molotov para dentro da sede do partido do presidente Viktor Yanukovitch, o Partido das Regiões. Os manifestantes invadiram, em seguida, o edifício, tendo expulsado do seu interior cerca de 20 funcionárias administrativas, conta o canal de televisão russo RT.
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Nas ruas, os manifestantes estão a queimar pneus e já se apropriaram de vários camiões para dificultar a acção da polícia, prossegue o RT. Um deles está mesmo em chamas. A polícia responde com balas de borracha e granadas de atordoamento e de gás lacrimogénio.
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A Rada, Parlamento ucraniano, está a debater uma reforma constitucional. A oposição exige o regresso à Constituição de 2004, que tornaria o País um regime parlamentar e não presidencial. Cerca de 50 deputados estão a tentar bloquear os trabalhos porque a mesa estará a recusar-se a aceitar um projecto de lei da oposição.
O deputado Yury Miroshnichenko, do Partido das Regiões (no poder), diz que “um projecto de lei não pode ser aceite se violar a Constituição e as regras parlamentares”, citado pelo RT. O objectivo da oposição, continua o deputado, é pedir uma reforma constitucional, o que é ilegal.
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No passado domingo, vários opositores do Presidente abandonaram a câmara de Kiev, que tinham ocupado em Dezembro do ano passado e que funcionava como quartel-general da revolta. Foi-lhes garantida uma amnistia.
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