Merkel visita Ucrânia e Moscovo ameaça com novas sanções
No dia seguinte às conversações quadripartidas que decorreram em Berlim, esta terça-feira assinala o regresso à já habitual contenda de acções e palavras na crise que opõe a Rússia à Ucrânia, Europa e Estados Unidos. Pela parte do Ocidente, a última cartada será a visita, este sábado, 23 de Agosto, da chanceler alemã, Angela Merkel, à Ucrânia. Do lado de Moscovo surgem novas ameaças de mais sanções contra o ocidente.
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A ida de Merkel à Ucrânia, confirmada ainda na segunda-feira, reveste-se de duplo significado. Ao aceitar o convite de Petro Poroshenko, Presidente da Ucrânia, para visitar o país no âmbito das comemorações do dia da independência, que celebra, no domingo 24 de Agosto, o 23º aniversário após a declaração de independência que se seguiu ao fim da União Soviética, envia um novo sinal de apoio a Kiev e à sua soberania e integridade territorial.
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Por outro lado, o objectivo essencial da visita passará pela discussão da proposta de cessar-fogo, entre os rebeldes separatistas e o exército ucraniano, um tema já discutido esta segunda-feira em Berlim.
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A Alemanha é o principal parceiro económico europeu da Rússia e, apesar de ainda não ser conhecido, na plenitude, o impacto da guerra económica, Berlim será seguramente das capitais mais prejudicadas. Merkel quer, portanto, reforçar o apoio alemão à adopção de um cessar-fogo que possibilite alguma estabilização das relações entre a União Europeia e a Rússia.
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"Estamos a trabalhar em várias opções. Dissemos, repetidamente, que a Rússia não defende a política de sanções nem a iniciou. Mas no caso de os nossos parceiros continuarem a adoptar práticas não construtivas ou destrutivas, nós já estamos a preparar novas medidas", assegurou Peskov citado pelo La Stampa.
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Este jornal italiano nota ainda que o diário russo de economia, Vedomosti, escreve esta terça-feira que as eventuais novas contra-sanções russas poderão incidir, não apenas no sector agrícola, mas também nas importações do sector industrial europeu como, por exemplo, na restrição às importações da indústria automóvel.
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O próprio primeiro-ministro, Dmitry Medvedev, já aludiu em mais do que uma ocasião à hipotética adopção de sanções mais abrangentes. Aquando do embargo ao sector primário europeu e norte-americano, Medvedev deixou no ar a possibilidade de a Rússia fechar o espaço aéreo siberiano às rotas daqueles países, uma medida de consequências gravosas para as companhias aéreas dos mesmos.
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