Vendas a retalho na China crescem ao ritmo mais baixo em 15 anos
As vendas a retalho de Novembro na China cresceram ao ritmo mais fraco desde 2003. No mesmo mês, a produção industrial não aumentava tão pouco há três anos.
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Este é o efeito da desaceleração da procura interna numa altura em que a economia chinesa trava um conflito comercial com os Estados Unidos, que vive agora um momento de tréguas de 90 dias enquanto se negoceia um acordo.
Mas os efeitos na segunda maior economia do mundo já são visíveis e a conclusão é clara: o PIB chinês tem vindo a perder gás nos últimos trimestres.
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As vendas a retalho cresceram 8,1% em Novembro, em termos homólogos, segundo os dados revelados pelo gabinete de estatística chinês esta sexta-feira, 14 de Novembro. O número ficou abaixo das expectativas de uma variação de 8,8% e é o mais baixo desde Maio de 2003. Em Outubro, as vendas tinham aumentado 8,6%.
Um dos sectores que está a travar é o do automóvel. As vendas de carros diminuíram 10% face ao mesmo período do ano passado. Esta é a maior queda em quase sete anos.
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Já a produção industrial aumentou 5,4% em Novembro, falhando também as expectativas dos analistas. Estes dados estão em linha com aqueles apresentados recentemente para as exportações que têm desacelerado numa altura em que a tensão comercial com os Estados Unidos se mantém.
Com o crescimento económico ao ritmo mais fraco desde a crise financeira, as autoridades chinesas têm optado por aumentar a despesa pública, por forçar os bancos a emprestar e por cortar impostos para promover a actividade empresarial.
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A China deverá crescer 6,5% este ano, segundo o porta-voz do gabinete de estatística chinês, Mao Shengyong, que admite que a economia está "sob pressão", tanto na frente interna como na frente externa, sendo que os esforços do Governo não estão ainda a dar frutos.
Mas nem todas as notícias foram más. Os dados revelam que o investimento fixo cresceu 5,9% e a taxa de desemprego desceu marginalmente para os 4,8%.
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