EUA dizem que China considera adiar restrições à exportação de terras raras após "acordo preliminar"
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou este domingo que a China considera adiar as restrições à exportação de minerais raros e retomar compras de soja norte-americana, evitando assim um aumento das tarifas alfandegárias contra o país.
O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaçou aplicar tarifas alfandegárias de 100% sobre os produtos chineses a partir de 01 de novembro se a China impusesse restrições à exportação de terras raras.
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"Acho que evitámos isso", anunciou Bessent no programa 'This Week with George Stephanopoulos', da ABC.
A China "adiará isto durante um ano enquanto analisa a situação", acrescentou, referindo que Pequim também concordou em "comprar produtos agrícolas substanciais aos agricultores americanos", durante conversações com o vice-primeiro-ministro, He Lifeng.
Antes, a China tinha anunciado ter chegado a um "acordo preliminar" com os EUA nas negociações comerciais, após dois dias de conversações na capital da Malásia.
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O anúncio foi feito pelo representante do comércio internacional da China, Li Chenggang, embora não tenha esclarecido os termos do "acordo preliminar".
Li afirmou que o diálogo entre as duas partes abordou "numerosos temas", dando como exemplos os controlos de exportação (que Pequim aplica às terras raras), a possível extensão da suspensão recíproca de tarifas aduaneiras e a cooperação anti-droga contra o fentanil.
Os Estados Unidos e a China também discutiram a ampliação do comércio bilateral, bem como as taxas portuárias dos Estados Unidos contra embarcações chinesas.
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Este acordo acontece a poucos dias da reunião entre os líderes dos dois países, Donald Trump e Xi Jinping, em 30 de outubro na Coreia do Sul.
As negociações comerciais entre Washington e Pequim decorrem num clima de tensão, depois de, em meados de outubro, a China ter imposto novas restrições ao comércio de terras raras, em cuja produção e exportação é praticamente monopolista.
Em resposta, o presidente dos Estados Unidos ameaçou aumentar as tarifas sobre os produtos chineses para 100% a partir de 01 de novembro.
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