Hong Kong volta a registar confrontos entre polícia e manifestantes

A capacidade e mobilização dos protestos no centro de Hong Kong vem diminuindo nas últimas semanas. Esta manhã registaram-se novos confrontos entre a polícia e manifestantes, o que resultou na prisão de 32 pessoas. O movimento Occupy Central está a perder capacidade de mobilização.
Hong Kong
Reuters
David Santiago 25 de Novembro de 2014 às 15:20

Na última manhã, cerca das 19h30 em Hong Kong, esta cidade-Estado voltou a registar confrontos entre manifestantes pró-democracia e a polícia, isto numa altura em que vai perdendo capacidade de mobilização o movimento estudantil que deu origem à revolução pacífica designada de guarda-chuvas.

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Em Mong Kok, uma das áreas de Hong Kong com maior densidade populacional, quando a polícia solicitou a dispersão dos manifestantes pró-democracia, a fim de prosseguir os trabalhos de limpeza e normalização das ruas da cidade-Estado, começaram os confrontos. A polícia, revela a Bloomberg, prendeu 32 pessoas.

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"A polícia vai assegurar que as ruas libertadas não sejam novamente ocupadas", afirmou o superintendente da polícia local Kong Man-keung.

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As autoridades de Hong Kong, assim como a polícia, decidiram iniciar a limpeza e a remoção dos obstáculos que impedem a normal circulação nas principais artérias do centro de Hong Kong há cerca de duas semanas. Esta decisão, aliada à menor capacidade de mobilização do movimento Occupy Central, já redundou em confrontos em mais do que uma ocasião.

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Na passada quarta-feira registaram-se os primeiros confrontos entre a polícia e manifestantes desde o início, há mais de dois meses, do movimento pró-democrático Occupy Central.

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A intransigência de Pequim em abdicar da escolha dos três candidatos que serão colocados perante a preferência dos eleitores de Hong Kong nas legislativas de 2017, facto que provocou a revolta estudantil a partir de Agosto, e o arrastar de um protesto que tem impossibilitado o regular funcionamento das instituições e serviços na cidade-Estado está a contribuir para o enfraquecimento do Occupy Central.

 

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Uma sondagem conduzida pela Universidade de Hong Kong, realizada entre 17 e 18 de Novembro, mostra que 68% dos inquiridos defende que as autoridades locais coloquem um ponto final nas manifestações pró-democráticas.

 

Já esta terça-feira, o Executivo de Hong Kong voltou a disponibilizar-se para reiniciar um processo de conversações com os líderes do Occupy Central assegurando, porém, que está fora de hipótese um eventual recuo de Pequim.

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