Hong Kong: A força do centralismo
À China o que é da China. A história, o tempo e a paciência jogam a favor das autoridades chinesas. Os intuitos pró-democráticos do Occupy Central embateram de frente com o centralismo de Pequim. No final, nada deverá mudar para que tudo fique na mesma.
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Parece estar perto do fim o movimento pró-democracia Occupy Central que alguns, talvez imponderadamente, chegaram a designar de ventos de uma "Primavera asiática". A desobediência civil, primeiro, e os protestos que depois ocuparam e bloquearam as principais artérias do centro de Hong Kong desvanecem-se a pouco e pouco. Especulou-se sobre se o Partido Comunista Chinês (PCC), face às reivindicações dos manifestantes, acabaria por ceder ou se, como parece estar a acontecer, jogaria com o tempo para conter o que, em última instância, ficará para a história como um protesto de índole pacífica, a que o nome "revolução dos guarda-chuvas" atribui uma mensagem de força essencialmente estética. Outra força, a da repressão policial, que se fez sentir nas últimas madrugadas, será outro factor a contribuir para que o cansaço se imponha.
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