Produção industrial na China abranda ritmo de crescimento para 4,9% em outubro
A produção industrial na China cresceu 4,9% em outubro, em comparação com o mês homólogo anterior, abaixo do ritmo de crescimento em setembro, e aquém das previsões dos analistas, revelou esta sexta-feira a agência chinesa de estatísticas.
O número de outubro fica abaixo dos 6,5% registados em setembro assim como da previsão consensual dos analistas, que apontavam para uma expansão de cerca de 5,5% em relação a outubro de 2024.
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Dos três grandes setores em que o Escritório Nacional de Estatísticas (ENE) divide este indicador, o que mais subiu em outubro foi o da produção e fornecimento de eletricidade, aquecimento, gás e água (+5,4%), à frente da indústria transformadora (+4,9%) e da mineração (+4,5%).
Os dados também indicam que a produção industrial chinesa acumulou um crescimento de 6,1% nos primeiros dez meses de 2025.
O ENE também divulgou hoje outros dados estatísticos, como os das vendas a retalho - indicador-chave para medir o estado do consumo - que aumentaram 2,9% em termos homólogos em outubro, um valor ligeiramente inferior ao do mês anterior (3%), mas acima do que os analistas antecipavam.
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Por sua vez, a taxa oficial de desemprego nas zonas urbanas situou-se em 5,1% em outubro, abaixo dos 5,2% em setembro.
Entretanto, o investimento em ativos fixos aprofundou a tendência descendente, passando de uma contração de 0,5% até setembro para uma descida de 1,7% no acumulado dos primeiros dez meses do ano.
A desagregação do indicador revela que o investimento destinado à indústria transformadora aumentou 2,7% até outubro, enquanto o destinado às infraestruturas recuou 0,1%.
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O investimento destinado à promoção imobiliária voltou a cair, com uma queda de 14,7% em termos homólogos no mesmo período, no contexto da crise prolongada que o setor atravessa.
Neste ponto concreto, o ENE indicou que as vendas comerciais de imóveis medidas por área de terreno diminuíram 6,8% nos primeiros dez meses do ano por comparação com o mesmo período no ano anterior, com um recuo de 7% no segmento residencial.
O organismo publicou também hoje o relatório sobre os preços imobiliários, que aponta para uma descida em cadeia de 0,45% entre setembro e outubro nos preços das habitações novas em 70 cidades selecionadas, marcando o 29.º mês consecutivo de queda dos preços da habitação, um dos principais instrumentos de poupança da população chinesa.
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