Hamas exige libertação de líderes palestinianos em troca de reféns
“O Hamas insiste que a lista final [dos prisioneiros a libertar por Israel] inclua os sete grandes líderes, nomeadamente Marwan Barghouthi, Ahmed Saadat, Ibrahim Hamed e Abbas al-Sayed”, declarou à AFP uma fonte próxima das negociações e do Hamas.
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O Hamas e os seus aliados “terminaram os preparativos” para a libertação dos reféns vivos, prevista para segunda-feira, mas o movimento islamista continua a exigir a Israel a libertação de líderes palestinianos na troca de reféns por prisioneiros.
“O Hamas insiste que a lista final [dos prisioneiros a libertar por Israel] inclua os sete grandes líderes, nomeadamente Marwan Barghouthi, Ahmed Saadat, Ibrahim Hamed e Abbas al-Sayed”, declarou à AFP uma fonte próxima das negociações e do Hamas.
“O Hamas e as fações [palestinianas] terminaram os preparativos para a libertação de todos os prisioneiros vivos e dos vários corpos que foram recuperados”, acrescentou a mesma fonte, com outra fonte ouvida pela AFP a confirmar as mesmas informações.
Segundo adiantou a EFE, que cita a televisão Al Jazeera, o Hamas já terminou a contagem dos reféns vivos a libertar e a sua distribuição pelos diferentes pontos onde essa entrega a Israel vai acontecer. Membros das milícias de Gaza vão reunir-se esta noite com o Comité Internacional da Cruz Vermelha para acordar o mecanismo para a libertação dos 20 reféns presumivelmente ainda vivos.
Entretanto, Israel já garantiu que só liberta prisioneiros palestinianos depois de ter confirmação de que todos os reféns, mortos ou vivos, regressaram ao país.
O Hamas já disse que não participará no governo da Faixa de Gaza no pós-guerra, mas rejeita o desarmamento do movimento, afirmando que a entrega de armas no âmbito do acordo alcançado “está fora de questão”.
A 07 de outubro de 2023 o Hamas lançou um ataque em Israel, matando quase 1.200 pessoas e fizeram reféns outras 251.O ataque desencadeou uma ofensiva de Israel em retaliação contra a Faixa de Gaza, na qual as forças armadas israelitas já mataram mais de 67 mil palestinianos. Na segunda-feira realiza-se no Egito uma cimeira internacional de paz e sobre o futuro do território palestiniano.
A cimeira, que contará com dezenas de chefe de Estado e de Governo árabes, islâmicos, europeus e asiáticos, será copresidida pelos presidentes egípcio, Abdel Fattah al-Sidi, e norte-americano, Donald Trump, decorrerá em Sharm el-Sheikh, uma estância balnear no Egito.
O encontro internacional segue-se ao acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira, baseado no plano em 20 pontos apresentado pelo Presidente norte-americano, com o objetivo de pôr fim à guerra desencadeada em 07 de outubro de 2023 pelo ataque sangrento do Hamas em território israelita.Israel já afirmou que não estará presente na cimeira no Egito.
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