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Netanyahu anuncia novos "ataques poderosos" contra a Faixa de Gaza

Apesar de o acordo de cessar-fogo em vigor, o primeiro-ministro israelita ordenou as forças armadas para realizarem novas investidas contra o enclave. Israel acusa o Hamas de violar o pacto alcançado ao não devolver todos os restos mortais.

Benjamin Netanyahu ordenou novos ataques contra Gaza, apesar de um cessar-fogo.
Benjamin Netanyahu ordenou novos ataques contra Gaza, apesar de um cessar-fogo. Ronen Zvulun/AP
17:22

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou que as forças armadas do país realizem imediatamente "ataques poderosos" sobre o território de Gaza, rasgando o acordo de cessar-fogo alcançado com o Hamas, depois do que Israel diz serem múltiplas violações do pacto por parte do movimento extremista palestiniano - alcançado há menos de duas semanas com ajuda dos EUA. Vários meios de comunicação afirmam que os ataques, realizados por via aérea, já arrancaram. 

“No seguimento de consultas de segurança, o primeiro-ministro Netanyahu ordenou o exército a realizar imediatamente ataques poderosos na Faixa de Gaza”, lê-se numa publicação do gabinete do líder israelita, na rede social X. Israel acusa o Hamas de não cumprir com a entrega dos restos mortais de 13 reféns que capturou no dia 7 de outubro de 2023 - apesar de o grupo alegar dificuldades em encontrar o paradeiro dos mesmos -, além de ataques no sul do enclave, em Rafah. 

No seguimento das ordens de Netanyahu, o Hamas decidiu adiar a entrega de um cadáver a Israel. Em comunicado, o grupo refere que qualquer escalada de Israel vai "dificultar as operações de busca, escavação e recuperação dos corpos, o que levará a um atraso na recuperação dos mesmos". O Hamas já tinha acusado o Governo israelita de impedir a entrada do material necessário em Gaza para proceder com as buscas.

Apesar do anúncio de novos ataques contra território palestiniano, um representante da Casa Branca disse ao Al Jazeera que o acordo de cessar-fogo mantém-se em pé. No dia em que o pacto entre Hamas e Israel foi assinado, Donald Trump descreveu o momento como um "amanhecer histórico de um novo Médio Oriente", considerando que o acordo iria permitir que a região vivesse "em paz para toda a eternidade". No entanto, agora Washington reconhece "várias dificuldades". 

"O acordo de cessar-fogo continua em vigor em Gaza e continuamos a trabalhar para implementar o plano de paz do presidente Trump", afirmou o responsável norte-americano, sob condição de anonimato ao jornal. “O plano de paz para Gaza vai enfrentar desafios e o governo dos EUA está a esforçar-se arduamente para alcançar progressos. Não ficaremos satisfeitos até que a estabilidade seja alcançada em Gaza, a transição para um regime civil seja concretizada e progressos tangíveis sejam alcançados em direção à paz", referiu ainda. 

O plano assinado entre as duas partes e mediado pelos EUA previa a libertação faseada dos reféns israelitas, com a entrega de 20 reféns vivos na primeira fase e a devolução posterior dos corpos dos reféns mortos (que se estima serem 28), em troca da libertação de entre 1.700 a 2.000 prisioneiros palestinianos detidos em prisões israelitas. 

(Notícia atualizada às 18h02)

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