Alemães apresentam queixa contra o BCE
Um grupo de académicos e empresários alemães apresentou uma queixa contra o Banco Central Europeu, devido ao programa de compra de títulos de dívida implementado pela autoridade monetária.
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Os responsáveis deste grupo, que apresentaram a queixa no Tribunal Constitucional do país, alegam que o BCE está a expropriar dinheiro dos aforradores europeus, ao mesmo tempo que está a impulsionar a direita nacionalista.
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Esta acção representa mais um ataque da Alemanha à política monetária que o BCE colocou no terreno e que tem como principal propósito impulsionar a inflação e o crescimento económico da região.
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De acordo com esta queixa, noticiada pelo Welt am Sonntag e citada pelo Financial Times, os autores da acção alegam que o BCE está a ir além do seu mandato de estabilizar a inflação.
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Relata o jornal britânico que as críticas mais fortes dos alemães incidem sobre o programa de compra de títulos de dívida pública, no qual o BCE aplica 80 mil milhões de euros.
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Além de ter como principal objectivo impulsionar a inflação, este programa de "quantitative easing" do BCE serviu para baixar os custos de financiamento dos países do euro, sobretudo dos que no mercado suportavam taxas mais elevadas para emitir obrigações soberanas.
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Os autores desta queixa consideram que o programa do BCE é "desnecessário e inapropriado", assinalando que a recente alteração de permitir a compra de títulos de dívida de empresas com rating mais elevado representa uma discriminação face às pequenas empresas, que não emitem obrigações.
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Tem sido comum a crítica de vários alemães à política monetária expansionista adoptada pelo BCE. Os dois alemães que integram o Conselho de Governadores Jens Weidmann e Sabine Lautenschläge – votaram contra as últimas decisões, embora tenham considerado que não são ilegais.
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Também o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, já atribuiu à instituição liderada por Mario Draghi (na foto) metade da culpa da subida dos partidos nacionalistas nas últimas eleições locais.
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Em Junho de 2015, instado pelo Constitucional alemão, o Tribunal de Justiça da União Europeia pronunciou-se pela legalidade do programa o programa de Transacções Monetárias Definitivas (OMT, na sigla inglesa), ao apontar que não excede as competências do BCE.
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