Casalinho: Compras do BCE preocupam "mesmo Itália e Alemanha"
A presidente do IGCP considera a intervenção do BCE positiva, mas partilha da apreensão que nos últimos dia se instalou sobre os possíveis efeitos das compras. Será que há no mercado dívida suficiente para satisfazer a procura do banco central? E se se houver, podem as taxas de juro descer tanto que os Estados passem a ter dificuldade em emitir dívida?
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Dada a dimensão do programa de compras do BCE e os juros em queda, será que os bancos, fundos de pensões e outras instituições financeiras vão vender as obrigações que têm em carteira nos volumes necessários? E se o fizerem, poderão as taxas de juro cair para valores tão baixos (e negativos) que afastem a procura por novas emissões de dívida de soberanos? Estas estão entre as dúvidas sobre o impacto do programa de compras que está a gerar mais apreensão entre analistas, economistas, investidores e emitentes. E Cristina Casalinho, a presidente do IGCP, o organismo que gere a dívida pública nacional, deixou-o evidente, na sua passagem pela Assembleia da República na quarta-feira, dia 4 de Março.
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