As aventuras de @MacaesBruno no Twitter
Não é a primeira vez e não parece que seja a última. O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, voltou a envolver-se numa polémica no Twitter no início desta semana com Philippe Legrain, um economista britânico que respondeu à partilha de Bruno Maçães de um artigo do Wall Street Journal com o comentário de que os países europeus em crise "já deixaram o pior para trás". Com 40 anos, o antigo assessor de Pedro Passos Coelho, nomeado secretário de Estado há dois anos, mostra uma grande iniciativa e à vontade nas redes sociais, fazendo várias publicações por dia. Nos últimos meses, a actividade de Bruno Maçães no Twitter tem atraído atenção, não só dos seguidores portugueses, mas utilizadores da rede a nível internacional. Entre apoiantes e críticos, o secretário de Estado usa a rede social como ferramenta política. O uso do Twitter por governantes não é uma novidade, mas viu a sua relevância política renovada com as negociações gregas. Durante as difíceis e longas negociações, foram muitos os anúncios e posições escritas em 140 caracteres. Alguns académicos e consultores de comunicação afirmam mesmo o que se passou na rede social poderá ter influenciado algumas decisões. Apesar de ser cada vez mais comum ver governantes, portugueses e estrangeiros, a utilizar esta rede social para anúncios, partilha de posições, desmentidos de notícias e publicação de documentos, Bruno Maçães destaca-se pela frequência, mas também pelo seu estilo, mais informal. Com publicações rápidas e actualizadas, Bruno Maçães mostra-se confortável nestas discussões virtuais e não hesita em interpelar ou responder a publicações que coloquem em causa os números de crescimento da economia portuguesa apresentados pelo Governo. Ao mesmo tempo, Bruno Maçães usa a rede social para ir partilhando com os seus seguidores a sua presença em Bruxelas e os momentos oficiais nos quais marca presença.
PUB
Com 40 anos, o antigo assessor de Pedro Passos Coelho, nomeado secretário de Estado há dois anos, mostra uma grande iniciativa e à vontade nas redes sociais, fazendo várias publicações por dia. Nos últimos meses, a actividade de Bruno Maçães no Twitter tem atraído atenção, não só dos seguidores portugueses, mas utilizadores da rede a nível internacional. Entre apoiantes e críticos, o secretário de Estado usa a rede social como ferramenta política.
O uso do Twitter por governantes não é uma novidade, mas viu a sua relevância política renovada com as negociações gregas. Durante as difíceis e longas negociações, foram muitos os anúncios e posições escritas em 140 caracteres. Alguns académicos e consultores de comunicação afirmam mesmo o que se passou na rede social poderá ter influenciado algumas decisões.
PUB
Apesar de ser cada vez mais comum ver governantes, portugueses e estrangeiros, a utilizar esta rede social para anúncios, partilha de posições, desmentidos de notícias e publicação de documentos, Bruno Maçães destaca-se pela frequência, mas também pelo seu estilo, mais informal. Com publicações rápidas e actualizadas, Bruno Maçães mostra-se confortável nestas discussões virtuais e não hesita em interpelar ou responder a publicações que coloquem em causa os números de crescimento da economia portuguesa apresentados pelo Governo. Ao mesmo tempo, Bruno Maçães usa a rede social para ir partilhando com os seus seguidores a sua presença em Bruxelas e os momentos oficiais nos quais marca presença.
PUB
Excellent meeting with OSCE Secretary General Lamberto Zannier. We examined situation in Ukraine and path ahead. pic.twitter.com/9qkCOZikqZ
PUB
Back from Brussels. What a European Council this was pic.twitter.com/x5e5YYFvbG
PUB
Na polémica mais recente, que inaugurou e dominou esta semana, Phillipe Legrain, economista britânico e antigo assessor de Durão Barroso, chegou mesmo a duvidar da veracidade da conta de Maçães, questionando se se tratava de uma página satírica e acusando o secretário de Estado de infantilidade, questionando o comportamento do governante português.
Na polémica mais recente, que inaugurou e dominou esta semana, Phillipe Legrain, economista britânico e antigo assessor de Durão Barroso, chegou mesmo a duvidar da veracidade da conta de Maçães, questionando se se tratava de uma página satírica e acusando o secretário de Estado de infantilidade, questionando o comportamento do governante português.
PUB
.@MacaesBruno @AnaVieiraPinto why are you behaving so childishly? is that how you think members of government ought to behave?
PUB
Esta resposta aconteceu na quarta-feira, depois de Maçães ter reacendido a polémica ao voltar a identificar o economista britânico nas suas partilhas face aos dados do desemprego que haviam sido publicados. Fê-lo pedindo a Legrain um comentário "de uma forma calma e começando por admitir os anteriores erros de análise".
PUB
Maybe our friend @plegrain could try to address all the charts I published here. But calmly and start by admitting your past analysis errors
O economista britânico tinha concluído a discussão na segunda-feira questionando os argumentos de Maçães, rematando que se tinha rido "face à sua falta de argumentos".
PUB
.@MacaesBruno I love it. You haven't presented a single fact. I'm laughing at your lack of arguments :-))
A publicação foi fortemente partilhada e um dos utilizadores desafiou a criação de um jogo online que incluísse o secretario de Estado a "desviar-se" de factos e dados económicos. O pedido foi ouvido. O jogo chama-se "Flying Bruno Maçães" e na primeira hora já existiam pelo menos duas centenas de jogadores.
A publicação foi fortemente partilhada e um dos utilizadores desafiou a criação de um jogo online que incluísse o secretario de Estado a "desviar-se" de factos e dados económicos. O pedido foi ouvido. O jogo chama-se "Flying Bruno Maçães" e na primeira hora já existiam pelo menos duas centenas de jogadores.
PUB
Como prometido: ajuda o Maçães a evitar os factos e a crise usando os seus tweets demagogos. Metam som e partilhem! http://t.co/2wi9FJpQEG
PUB
Grécia, uma das polémicas recorrentes
Grécia, uma das polémicas recorrentes
PUB
Mas as polémicas já vêm muito detrás. Há cerca de dois anos, Maçães foi apelidado pelos seus detractores como "o alemão" depois de ter passado pela Grécia e alinhado com as posições mais duras da Alemanha, o que gerou fortes críticas na imprensa grega. A polémica rapidamente chegou a Portugal, com a jornalista Constança Cunha e Sá a acusar Maçães de "lunático". Na altura, Maçães reagiu no tweet, uma vez mais no seu registo informal e em estilo jocoso: "A esquerda grega chamou-me alemão, oh não!".
A Grécia tem sido um dos temas preferidos de Maçães. Já depois da eleição de Alexis Tsipras, Maçães não poupou críticas ao também polémico e assíduo utilizador do Twitter Yanis Varoufakis, depois deste ter dito que altos dirigentes italianos lhe tinham confessado que a Itália também não conseguiria pagar a sua dívida.
PUB
A day of bizarre statements, but the prize goes to Greek Finance Minister announcing Italian bankruptcy
PUB
Depois da TVI ter escrito uma notícia onde reunia alguns dos tweets de Bruno Maçães, o secretário de Estado bloqueou um dos jornalistas.
Bruno Maçães bloqueou-nos o acesso à sua conta no twitter. Depois da estória de hoje. http://t.co/ghRGCJOiaW
PUB
A polémica mais recente ocorreu no mês passado, quando o secretário de Estado se mostrou desagradado com os números incluídos num artigo do jornal americano Wall Street Journal sobre o estado da economia portuguesa e identificou a repórter correspondente em Lisboa que escreveu a peça, exigindo uma correcção dos dados apresentados para os números que considerava verdadeiros.
PUB
O Negócios tentou obter uma reacção de Bruno Maçães, mas sem sucesso. É certo que não tentámos através do Twitter.
Notícia corrigida às 17:31. Onde agora se lê "A esquerda grega" anteriormente constava "os gregos".
Saber mais sobre...
Saber mais secretário de Estado dos Assuntos Europeus Bruno Maçães Philippe Legrain Fundo Monetário Internacional secretário de Estado dos Assuntos Europeus e Philippe Bruxelas Bruxelas BBC Produto Interno Bruto Wall Street Journal Durão Barroso economia negócios e finanças media políticaMais lidas
O Negócios recomenda