Costa jura que "não há quebra de confiança" com Centeno
António Costa insistiu esta segunda-feira, 18 de maio, que o episódio da transferência para o Novo Banco está "devidamente esclarecido" e que não passou de uma "falha de comunicação interna". Porém, ressalvou que "não disse nada de que não tivesse consciência".
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Recusando esclarecer se Mário Centeno pediu a demissão na sequência dessa polémica transferência de 850 milhões de euros, o primeiro-ministro assegurou que "não há quebra de confiança" com o ministro das Finanças, que "todos os dias cumpre bem o seu papel". Mas deixou a porta aberta para a saída: "Os governos têm dinâmicas, pessoas têm as suas vidas (…). Tudo terá o seu tempo".
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O próximo cargo apontado para Centeno é o de governador do Banco de Portugal. Em declarações à TSF, onde está a ser entrevistado esta manhã, o chefe do Executivo sublinhou que "consultará os partidos, o Presidente da República e as instituições que devem ser ouvidas". Carlos Costa termina o mandato em julho, mas poderá manter-se em funções se o processo de substituição demorar.
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Antes de uma eventual saída, Centeno terá de apresentar um Orçamento Suplementar devido à pandemia de covid-19. E Costa gostaria de ter o documento aprovado "por unanimidade" no Parlamento. Questionado sobre a austeridade, repetiu que não tomará a "decisão política de cortar rendimentos" nem irá "acrescentar medidas de restrição económica", mesmo que as contas das Finanças apontem "para que antes de 2022 não retomemos onde estávamos em 2019".
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"Vidente" no caminho de Belém
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Depois de ter lançado a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa a um segundo mandato em Belém – e de isso ter sido lido como um apoio indireto ao atual chefe de Estado –, António Costa disse agora que o PS "tomará posição no momento próprio", mas "não é preciso ser vidente para antever" o que os portugueses desejam para a Presidência.
Na sequência desse episódio "tão grave, com tantas implicações para a democracia" e que a deixou "muito preocupada" também com o partido em que milita, Ana Gomes, ex-eurodeputada socialista, admitiu este domingo que vai voltar a "refletir" sobre uma candidatura a Belém nas eleições previstas para o início do próximo ano.
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