Demissão de ministro da Secretaria-Geral faz primeira baixa no Governo de Bolsonaro
"O Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, decidiu exonerar hoje, do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno Rocha. O Presidente da República agradece a sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na sua nova caminhada", declarou o porta-voz da Presidência brasileira, acrescentando que a demissão de Bebianno é do "foro íntimo" do chefe de Estado.
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Segundo o porta-voz, Otávio Rêgo Barros, o substituto será o general da reserva Floriano Peixoto Neto.
Gustavo Bebianno torna-se, assim, o primeiro governante a deixar o executivo de Bolsonaro, após ter sido o protagonista da primeira crise que o atual Governo enfrenta.
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Na última semana, o jornal brasileiro Folha de S.Paulo noticiou que o Partido Social Liberal (PSL), de Jair Bolsonaro (na foto), atribuiu 400 mil reais (95 mil euros) a uma candidata a deputada federal em Pernambuco três dias antes das eleições e que teve apenas 274 votos.
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Segundo o mesmo jornal, o dinheiro terá sido entregue à candidata a pedido do agora demitido Gustavo Bebianno que, à data, era presidente do PSL.
A descoberta da transação colocou em causa a utilização de verbas públicas do fundo partidário para "candidaturas fantasma" no PSL, já que não foi comprovado como terá sido gasta a verba ou se a candidata beneficiada chegou a fazer campanha.
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Na quarta-feira, Bolsonaro declarou numa entrevista à TV Record que Bebianno teria de "voltar às origens" se o seu envolvimento em atos ilícitos fosse provado e acrescentou que determinou à Polícia Federal investigar as suspeitas.
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"Se estiver envolvido, logicamente, e responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a não ser voltar às suas origens. Em nenhum momento conversei com ele", garantiu o Presidente brasileiro.
Também um dos filhos de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, envolveu-se na polémica, acusando Gustavo Bebianno de mentir.
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Antes de este caso ter sido tornado público, outro membro do partido do Presidente brasileiro foi acusado de ter desviado verbas públicas em "campanhas fantasma".
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Em 10 e fevereiro, a Folha noticiou que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, terá organizado um esquema de quatro "candidaturas fantasma" em Minas Gerais com verbas públicas do PSL, num caso que está também sob investigação.
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