João Soares anuncia "decisão pessoal" de não integrar listas do PS às legislativas

O socialista João Soares anunciou que não integrará as listas do PS às eleições legislativas de outubro, numa "decisão pessoal" que comunicou antes das eleições europeias, dizendo esperar que a "solução política de esquerda" possa continuar.
Bruno Simão
Lusa 29 de Junho de 2019 às 14:29

O deputado João Soares, que foi o primeiro ministro da Cultura do Governo de António Costa, escreveu na rede social Facebook, este sábado, 29 de junho, que não integrará as listas do PS às eleições legislativas de outubro, uma "decisão pessoal comunicada ao secretário-geral do PS, presidente do partido, e à secretária-geral adjunta, ainda antes das eleições para o Parlamento Europeu", afirmou.

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"Decisão que não resulta de nenhum cansaço especial, de vontade de reforma, ou muito menos de afastamento dos meus ideais de sempre, ou do partido político a que orgulhosamente pertenço, o PS. Pelo contrário, continuo firmemente apostado nos combates políticos do PS. Determinado a participar ativamente na próxima campanha eleitoral legislativa", sustentou, sublinhando o "apoio firme ao Governo", em que teve "o prazer de participar".

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João Soares frisou o seu apoio à "solução política de esquerda" que deu "solidez parlamentar e tempero político": "Apoiante antes mesmo de ter existido, espero que possa continuar no futuro".

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"Estarei empenhado nas frentes de combate onde julgar, ou julgarem, que posso ser útil. E for oportuno. Com a determinação, entusiasmo, e alegria de sempre", escreveu João Soares.

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O até agora deputado socialista foi ministro da Cultura durante quatro meses, no início do governo de António Costa, pedindo a demissão depois de uma polémica envolvendo os colunistas Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente.

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Na altura, João Soares escreveu na sua página da rede social Facebook que devia "duas bofetadas salutares" a Augusto M. Seabra e a Vasco Pulido Valente.

 

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João Soares foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa entre 1995 e 2002, em coligação com o PCP, assumindo o mandato depois de Jorge Sampaio deixar a autarquia da capital rumo à Presidência da República.

 

Com Sampaio na liderança da autarquia lisboeta, Soares foi vice-presidente e vereador da Cultura entre 1990 e 1994, altura em que Lisboa foi Capital Europeia da Cultura (1994), e em que foi criada Casa Fernando Pessoa (1993), entre outros equipamentos da Câmara.

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Em 2001, venceu as eleições para a presidência da Câmara de Lisboa, sem alcançar maioria absoluta.

 

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Durante a sua presidência de Câmara, realizaram-se as demolições dos bairros de barracas da capital, nomeadamente o da Curraleira, junto às Olaias, e o do Casal Ventoso, em Campo de Ourique, no âmbito do Programa Especial de Realojamento (PER).

 

De 1994 a 1995, João Soares foi também deputado ao Parlamento Europeu e foi membro do Conselho de Estado, de 1999 a 2002.

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