Le Pen recusa-se a colaborar em investigação polícial
A candidata presidencial Marine Le Pen recusou-se a depor para a investigação levada a cabo pela polícia, a qual sugere que os fundos do parlamentar europeu estão a ser usados indevidamente para a criação de empregos fictícios e para o pagamento da campanha do seu partido, como afirma a Bloomberg.
PUB
O inquérito policial suspeita que os membros da Frente Nacional enganaram o Parlamento Europeu em várias centenas de milhares de euros, utilizando assistentes parlamentares europeus nas actividades políticas do partido, explica a Lusa.
Le Pen rejeitou fazer um depoimento depois de receber a intimação da polícia francesa, esta quarta-feira, segundo conta o gabinete do procurador, confirmando o relatório anterior do jornal Le Monde.
PUB
A Líder da Frente Nacional informou à polícia, por carta, que não será interrogada antes do final das eleições legislativas de Junho, recusando-se a colaborar com a unidade de anti-corrupção durante a campanha eleitoral, adianta a Lusa.
"Como durante as eleições regionais, não vou responder durante uma campanha eleitoral. Este período não permite nem a neutralidade nem a serenidade necessária para que o sistema judicial funcione adequadamente", explicou Marine Le Pen, em declarações à AFP.
PUB
O advogado da candidata, Rodolphe Bosselut, reagiu mostrando a sua indignação pela "súbita precipitação" da investigação. "Têm de se perguntar porque é que tudo está a ser tão acelerado e porque é que a Senhora (Marine Le Pen) foi intimada logo dois meses antes da grande eleição", refere o advogado.
A candidata que defende a saída da França da UE recusou ainda a ordem do Parlamento Europeu, que pedia um reembolso de cerca de 336 mil euros a Le Pen, fundos que, segundo a Bloomberg, o Parlamento afirma terem sido utilizados de forma inadequada.
Também a chefe de gabinete da líder da extrema-direita francesa, Catherine Griset, foi formalmente acusada de abuso de confiança no âmbito das suspeitas de que a Frente Nacional terá lesado o Parlamento Europeu.
PUB
Marine Le Pen recusou as acusações de que teria quebrado as regras do uso de fundos parlamentares para pagar a Catherine Griset, bem como o guarda-costas Thierry Legier para empregos em França e não para o Parlamento Europeu, avança a Lusa.
Porém, a líder da Frente Nacional não é a única candidata presidencial a enfrentar acusações sobre "empregos fictícios". O rival conservador François Fillon é suspeito de desvio de fundos públicos por ter alegadamente criado empregos fictícios para a mulher e dois filhos.
As sondagens mais recentes mostram que Marine Le Pen é a grande favorita da primeira volta das presidenciais francesas, a realizar-se a 23 de Abril, mas que seria ultrapassada, na segunda volta, a 7 de Maio, por Fillon ou pelo candidato independente Emmanuel Macron.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Marine Le Pen Parlamento Europeu França política eleições polícia Frente NacionalAdam Smith aos 250 anos
Quem pediu o euro digital?
Mais lidas
O Negócios recomenda