PS volta a ultrapassar o PSD e liberais ganham ao Bloco

Depois da queda em junho, os socialistas voltam a estar à frente do PSD nas intenções de voto, de acordo com o barómetro da Intercampus. O Bloco, que tinha ultrapassado a IL, recua em julho. Mariana Mortágua é quem tem melhor imagem e Pizarro entra para o clube dos piores ministros.
antónio costa primeiro ministro
Olivier Matthys / EPA
Filomena Lança 08 de Julho de 2023 às 09:00

Os dois maiores partidos mantêm-se muito próximos na intenção de voto dos portugueses, mas se as eleições legislativas ocorressem agora o PS estaria na dianteira, com 23,5%. Os sociais democratas arrecadariam 22,8% e o Chega manter-se-ia no 3º lugar, com uma fatia de 12,7% da votação. As conclusões são do barómetro da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV e mostram que os socialistas voltam a ultrapassar os sociais democratas, que em junho tinham conseguido 24,1%, mas desta vez recuam para os 22,8%.

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Na verdade, o barómetro de julho não mostra oscilações de peso, mas há algumas alterações nas posições de cada partido. Assim, verifica-se que o Chega se mantém firme como a terceira força mais votada, conseguindo mesmo mais quase um ponto percentual, passando dos 11,8% de junho, para 12,7% em julho. 

O Bloco, que tem Mariana Mortágua na liderança desde há cerca de um mês, registou uma ligeira queda, de 9,3% para 8,9%, e passou para 5º lugar, ultrapassado pela Iniciativa Liberal, que subiu um ponto, para os 9,1%. 

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O PAN ultrapassou a CDU (subiu de 3,6% para os 4,5%) e o Livre manteve-se praticamente na mesma, com 2,3% das intenções de voto. O CDS cai de 2,2% para uns escassos 1,1% e quase desaparece.

Contas feitas, a direita - PSD, Chega e IL - mantém a dianteira, somando 44,6%, enquanto que o PS, CDU e Bloco ficam nos 39%.

PS volta a ultrapassar o PSD e liberais ganham ao Bloco
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Mortágua com melhor imagem

Com a polémica em torno da TAP e do ministro João Galamba a esmorecer, António Costa volta melhorar ligeiramente na imagem que os portugueses têm dele enquanto líder partidário. É o único que sobe, aliás, e o mesmo acontece quando o olhar é sobre as instituições e, em concreto, sobre a atuação do Governo.

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Luís Montenegro desce, tal como Rui Rocha e Paulo Raimundo. 

De referir, no entanto, que numa escala de 1 a 5, em que 1 corresponde a uma atuação muito negativa e 5 a uma atuação muito positiva (sendo 3 o ponto médio, nem positivo nem negativo), observamos que todos obtêm média negativa.

A que pontua melhor, com 2,9, é Mariana Mortágua. Costa tem 2,6 e Montenegro 2,8. 

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Pizarro entre os piores

Quando a pergunta é sobre quem consideram o melhor e o pior ministro, os inquiridos mantém uma posição semelhante à de junho: João Galamba é de longe apontado com o pior ministro por 31,5% das pessoas. Ainda assim, um pouco abaixo dos 33,6% do mês anterior. 

Medina mantém o segundo lugar neste ranking e o destaque acaba por cair no ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que de 2,6% em junho, regista agora 6,6%, penalizado pelo confronto com os médicos e problemas nos hospitais. 

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António Costa Silva é agora o primeiro no top dos melhores ministros, com 5,5%, logo seguido de Ana Mendes Godinho, com 4,7%.

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